Negro interior: identidades, raízes e vozes de comunidades de candomblés e umbandas em três cidades do interior do estado de São Paulo, Brasil.

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Data

2024-03-12

Orientador

Fonseca, Dagoberto José

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Sociais - FCLAR 33004030017P7

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta dissertação tem por objetivo o mapeamento e a busca pela compreensão de como foram estruturadas as identidades dos povos de axé em seis comunidades de religiosidade de matrizes africanas em três cidades do interior do interior do estado de São Paulo, Brasil, buscando a promoção de discussões de assuntos comuns às comunidades pesquisadas e trazendo questões importantes, como memórias, tradições, projetos sociais, racismo religioso, mitologias, dentre outras, todas essas questões são pertinentes às cosmopercepções desses povos de axé. Para a fundamentação e assertividade da pesquisa, consideramos indispensável desenvolver a pesquisa de campo, que foi realizada no ano de 2022 nas cidades de Monte Azul Paulista, Bebedouro e Olímpia. Esse movimento de observação dessas comunidades religiosas nos possibilita a compreensão de como as tradições dos candomblés e umbandas se mantêm ou se reestruturam fora de um contexto originário (Bahia), observando como essas comunidades pesquisadas se desenvolveram, mantêm e ressignificam suas características enquanto religiões de matrizes africanas, através da expansão territorial de determinados grupos antepassados, em específico para o Sudeste brasileiro. A pesquisa dedica-se a compreender os distanciamentos e pertencimentos desses povos com as matrizes africanas, permitindo assim a concepção dessas identidades e suas permanências no campo da resiliência das religiosidades, evidenciando um processo de jornadas que nos liga ou religa ao continente africano. Para o estabelecimento desse elo entre o continente africano, a Bahia e o Sudeste brasileiro, tornaram-se indispensáveis estudos que possibilitaram a constatação dessa trajetória, a evidenciação de um elo condutor, do surgimento das identidades do povo de axé do interior do estado de São Paulo. A pesquisa se realizou por meio da perspectiva de pesquisa participativa, pesquisa antropológica e pesquisa etnográfica, considerando todos os elementos observados e as vivências junto a essas seis comunidades, Tenda de Umbanda “Caboclo Caramã e Pai Cesário” (Olímpia-SP), Ilê Iyeiyeô Axé Olú Aiyê Jagun (Olímpia-SP), Templo Pai Joaquim de Angola (Bebedouro-SP), Tenda de Caridade Sagrada (Bebedouro-SP), Ylê Asé Meje Afefe T’ina (Monte Azul-SP) e Ylê Alaketu Asé Ogun Onire (Monte Azul-SP). As entrevistas, os registros, as conversas e os demais elementos nos permitiram transitar por encruzilhadas multiculturais e pluriétnicas, constatando a existência de um “negro interior” enquanto comunidades nas religiões de matrizes africanas no interior do estado de São Paulo.

Resumo (inglês)

This dissertation aims to map and seek to understand how the identities of the axé people were structured in six religious communities of African origins in three cities in the interior of the State of São Paulo-Brazil, seeking to promote discussions of subjects common to the communities researched, bringing important issues such as: memories, traditions, social projects, religious racism, mythologies, among others), all of these issues are pertinent to the cosmoperceptions of these people of axé. For the foundation and assertiveness of the research, we consider it essential to develop the field research that was carried out in 2022 in the cities of: Monte Azul Paulista, Bebedouro and Olímpia, this movement of observation of these religious communities allows us to understand how the traditions of candomblés and umbandas are maintained or restructured outside of an original context (Bahia), observing how these researched communities developed, maintain and give new meaning to their characteristics as religions of african origins, through the territorial expansion of certain ancestral groups specifically to the Brazilian southeast. The research is dedicated to understanding the distances and belongings of these people with african matrices, thus allowing the conception of these identities and their permanence in the field of resilience of religiosities, highlighting a process of journeys that connects or reconnects us to the african continent. To establish this link between the african continent, Bahia and the brazilian Southeast, studies have become essential that make it possible to verify this trajectory, to highlight a guiding link, the emergence of the identities of the axé people in the interior of the state of São Paulo, the research was carried out through the perspective of participatory research, anthropological research and ethnographic research, considering all the elements observed, the experiences with these six communities, Tenda de Umbanda Caboclo Caramã and Pai Cesário (Olímpia-SP), Ilê Iyeiyeô Axé Olú Aiyê Jagun (Olímpia-SP), Pai Joaquin de Angola Temple (Bebedouro-SP), Sacred Charity Tent (Bebedouro-SP), Ylê Asé Meje Afefe T‘ina (Monte Azul-SP), Ylê Alaketu Asé Ogun Onire (Monte Azul-SP).

Descrição

Idioma

Português

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