Diagnóstico de queimadas em terras indígenas: abordagem baseada em séries temporais de ocorrência de fogo em uma microrregião hidrográfica dos biomas Amazônia e Cerrado
Carregando...
Arquivos
Data
2024-10-09
Orientador
Negri, Rogério Galante
Coorientador
Santos, Fabrícia Cristina
Pós-graduação
Curso de graduação
São José dos Campos - ICT - Engenharia Ambiental
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Este trabalho teve como objetivo analisar a dinâmica das queimadas nas Terras Indígenas (TIs) da microrregião hidrográfica Médio Araguaia, no período de 1985 a 2023. Para tanto, a extração da série histórica de área queimada do projeto MapBiomas Fogo foi extraída, para as áreas dentro e fora de TI da microrregião, com o auxílio do Google Earth Engine (GEE). A microrregião hidrográfica Médio Araguaia pertence a mesorregião Araguaia e a macrorregião Tocantins-Araguaia, com 12,6% e 87,4% da sua extensão territorial dentro dos biomas da Amazônia e Cerrado, respectivamente, e possui 12 TIs que sobrepõem sua extensão territorial (19% da área total da microrregião). Em média, 24% da área dentro das TIs queimaram anualmente, contrastando com a área fora das TIs, onde 8,5% queimaram anualmente, no período entre 1985 e 2023. As proporções anuais de área queimada fora de TIs seguiram os padrões observados para as parcelas da Médio Araguaia na Amazônia e no Cerrado, e dos biomas como um todo, com área queimada máxima em 1998 (24,7% da área total fora de TIs), e certa redução após 2010. Porém, as áreas dentro de TIs apresentam proporções de área queimadas anuais expressivamente maiores, diferentemente das máximas observadas em 1998, a área máxima queimada dentro de TIs ocorreu em 2017, quando 55% das áreas dentro de TIs queimaram, apresentando resultados expressivos desde 2010. As áreas dentro de TIs apresentaram uma maior proporção de áreas queimadas em comparação com as áreas fora dessas terras, ao longo dos 39 anos analisados, sugerindo que, apesar do uso controlado do fogo por etnias indígenas, fatores externos como a expansão agrícola e o desmatamento estão contribuindo significativamente para a intensificação das queimadas nessas áreas. A integração das comunidades indígenas nas estratégias de manejo do fogo, aliada ao fortalecimento das ações de fiscalização e controle, é fundamental para garantir a preservação dos ecossistemas e a resiliência dessas áreas protegidas diante das pressões externas.
Resumo (inglês)
This study aimed to analyze the dynamics of wildfires within Indigenous Lands (TIs) in the Médio Araguaia hydrographic microregion during the period from 1985 to 2023. To achieve this, historical data on burned areas were extracted from the MapBiomas Fire project, both for areas inside and outside the TIs within the microregion, with the aid of Google Earth Engine (GEE). The Médio Araguaia hydrographic microregion belongs to the Araguaia mesoregion and the Tocantins-Araguaia macroregion, with 12.6% and 87.4% of its territorial extension within the Amazon and Cerrado biomes, respectively. It contains 12 TIs, which overlap with 19% of the microregion’s total area. From 1985 to 2023, an average of 24% of the area within TIs burned annually, in contrast to 8.5% annually in areas outside of TIs. The annual proportions of burned areas outside of TIs followed the patterns observed in the Médio Araguaia sections of the Amazon and Cerrado biomes, as well as in these biomes as a whole, with a peak in 1998 (24.7% of the total area outside TIs) and a notable reduction after 2010. However, the areas within TIs displayed significantly higher annual proportions of burned areas. Unlike the maximum observed outside TIs in 1998, the peak of burned areas within TIs occurred in 2017, when 55% of the TI areas were affected by fire, showing significant increases since 2010. Over the 39-year period analyzed, areas within TIs had a higher proportion of burned areas compared to those outside these lands. This suggests that, despite the controlled use of fire by Indigenous communities, external factors such as agricultural expansion and deforestation are significantly contributing to the intensification of wildfires in these areas. The integration of Indigenous communities into fire management strategies, combined with the strengthening of monitoring and control actions, is essential to ensure the preservation of ecosystems and the resilience of these protected areas in the face of external pressures.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português