Fenomenologia e Logoterapia: análise do conceito de hiper-reflexividade

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Data

2023-02-09

Orientador

Verissimo, Danilo Saretta

Coorientador

Pós-graduação

Psicologia - FCLAS

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O caráter temático desta tese envolveu o exame conceitual das manifestações da hiperreflexividade, tendo como norte, essencialmente, as teorias de Thomas Fuchs e Viktor Frankl, orientadas para o campo da psicopatologia e da psicoterapia. O cenário descritivo foi empreendido pela composição de quatro capítulos que buscaram enredar, de início, uma contextualização histórica das epistemologias, em seguida, as seções apresentaram algumas definições de termos importantes ao nosso objeto de estudo e, então, foi finalizado com a reflexão da prática clínica psicoterápica. O âmbito da Psicopatologia Fenomenológica contemporânea relaciona os fenômenos psicopatológico às estruturas básicas da consciência, tais como: a autoconsciência ou self (ipseidade), a corporeidade (embodiement), a espacialidade, a temporalidade, a intencionalidade e a intersubjetividade. Nesse horizonte, demos destaque a teoria ecológica de Thomas Fuchs que compreende a hiper-reflexividade tanto na alteração o self pré-reflexivo nos quadros de esquizofrenia, como também uma característica de outros quadros psicopatológicos. Para a Logoterapia de Viktor Frankl, a hiper-reflexão é facilitada pelo círculo vicioso de uma ansiedade antecipatória, cuja luta pelo prazer, ou luta por potência fazem com que a vontade do prazer force uma hiperintenção do prazer que não somente tira o prazer da pessoa, como traz uma hiper-reflexão também forçada, acabando com a espontaneidade. As técnicas da intenção paradoxal e da derreflexão servem para quebrar os círculos viciosos da neurose, uma vez que a intenção paradoxal permite ao paciente mudar de atitude pela proximidade do que lhe causa medo ou aversão, visando superar os sintomas; e a derreflexão, por sua vez, faz com que o paciente retire o foco de si mesmo. Embora tenhamos descrito essas técnicas, a psicoterapia deve levar em consideração a individualidade da pessoa, a primazia do encontro na relação terapeuta-paciente e, sobretudo, a busca pelo sentido da vida em cada situação.

Resumo (inglês)

The thematic character of this thesis involved the conceptual examination of the manifestations of hyper-reflexivity, having as its north, essentially, the theories of Thomas Fuchs and Viktor Frankl, oriented towards the field of psychopathology and psychotherapy. The descriptive scenario was undertaken by the composition of four chapters that sought to enmesh, at first, a historical contextualization of the epistemologies, then, the sections presented some definitions of important terms to our object of study it was finalized with the reflection of the practice psychotherapy clinic. The scope of contemporary Phenomenological Psychopathology relates psychopathological phenomena to the basic structures of consciousness, such as: self-consciousness or self (ipseity), corporeality (embodiment), spatiality, temporality, intentionality and intersubjectivity. In this horizon, we highlighted the ecological theory of Thomas Fuchs, which includes hyper-reflexivity both in the alteration of the pre-reflexive self in schizophrenia, as well as a characteristic of other psychopathological conditions. For Viktor Frankl's Logotherapy, hyper-reflection is facilitated by the vicious circle of anticipatory anxiety, whose struggle for pleasure, or struggle for potency, makes the will for pleasure force a hyperintention of pleasure that not only takes away the person's pleasure, as it brings a hyper-reflection that is also forced, putting an end to spontaneity. The paradoxical intention and dereflection techniques serve to break the vicious circles of neurosis, since the paradoxical intention allows the patient to change his attitude by proximity to what causes him fear or aversion, aiming to overcome the symptoms; and dereflection, in turn, causes the patient to withdraw the focus from himself. Although we have described these techniques, psychotherapy must take into account the individuality of the person, the primacy of the encounter in the therapist-patient relationship and, above all, the search for the meaning of life in each situation.

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Português

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