Avaliação bioquímica e enzimática do potencial inibitório de diferentes heparinas contra o veneno de Bothrops jararaca

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Data

2024-07-15

Orientador

Ferreira Júnior, Rui Seabra

Coorientador

Bertanha, Matheus

Pós-graduação

Curso de graduação

Botucatu - IBB - Ciências Biomédicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Os acidentes com serpentes representam um problema de saúde pública no Brasil, cerca de 25 mil pessoas são afetadas por ano, sendo que o gênero Bothrops, conhecido como “jararacas”, é responsável por mais de 70% dos acidentes e estes estão relacionados com alta morbimortalidade em regiões com maior vulnerabilidade econômica, política e social. O veneno é composto principalmente por proteínas, destacam-se as metaloproteases de venenos de serpentes (SVMPs), fosfolipases A2 (PLA2) e serinoproteases de venenos de serpentes (SVSPs), associadas com os principais efeitos locais e sistêmicos do envenenamento botrópico. As manifestações clínicas incluem efeitos locais, como edema, equimose, dor e inflamação intensa, mionecrose e hemorragia local; e sistêmicos, como coagulopatia, tromboinflamação, hipotensão e hemorragia. O único tratamento disponível, o antiveneno específico, possui algumas limitações de administração e de neutralização, visto que deve ser administrado em um hospital e o acesso é precário em comunidades mais distantes; e relacionado à neutralização, já que o antiveneno não neutraliza totalmente os efeitos locais, sendo necessária a utilização de terapias complementares, além disso, toxinas de serpentes que não estão no pool podem ser fracamente inibidas. Nesse sentido, aplicando-se o conceito de reposicionamento de drogas, o objetivo deste estudo é avaliar o potencial inibitório de diferentes heparinas contra o veneno de Bothrops jararaca, para isso, adotamos estratégias bioquímicas, com uso de eletroforese e cromatografia; e testes enzimáticos, como atividade de coagulação e proteolítica. As estratégias bioquímicas foram utilizadas para avaliar se havia interação da heparina com o veneno. Foi feito gel de poliacrialamida 10,5% SDSPAGE em condições redutoras e desnaturantes com as seguintes amostras: 1) padrão; 2) veneno bruto; 3) veneno pré-incubado com heparina comercial; 4) veneno pré-incubado com heparina patenteada, que foi corado com Comassie Brilhant Blue G ou Prata. Além disso, utilizamos RP-HPLC para obter os perfis cromatográficos dos grupos citados e entre as diferentes heparinas. Os resultados sugerem que as heparinas foram capazes de interagir de forma semelhante com o veneno de Bothrops jararaca, que provavelmente ocorreu com metaloproteases, visto que possuem um perfil de eluição prolongado. O teste de atividade proteolítica corroborou a interação com metaloproteases, já que houve redução da degradação quando o veneno foi pré-incubado. Além disso, o teste de coagulação mostrou que a heparina é capaz de retardar este processo, pois prolongou o tempo de formação do coágulo em 30 segundos utilizando o veneno pré-incubado com heparina comercial, e 50 s com a patenteada, encorajando novas pesquisas.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Silveira, Beatriz Costa. Avaliação bioquímica e enzimática do potencial inibitório de diferentes heparinas contra o veneno de Bothrops jararaca / Beatriz Costa Silveira. - Botucatu, 2024

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