Autismo, psicose e musicalidade: o faz(s)er do sujeito e sua legitimação no laço social
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Data
2017-02-24
Autores
Orientador
Dionisio, Gustavo Henrique
Coorientador
Pós-graduação
Psicologia - FCLAS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Seguindo a perspectiva da teoria psicanalítica de Freud e Lacan, este trabalho discorre sobre a musicalidade e suas implicações na constituição psíquica do sujeito, considerando as peculiaridades acerca da dinâmica psíquica que ocorre no autismo e na psicose, demonstrando a possibilidade de fazer laço social. Segundo nossos desdobramentos, a musicalidade mantém em si a relação primordial do significante que não foraclui o Real, evidenciando um processo de encadeamento significante ainda anterior à produção de significação imaginária. Neste sentido, Lalangue e Sinthoma, sendo produções de relação significante do sujeito que mantêm em si a elementaridade do Real, demonstram uma via de intervenção pela via da musicalidade para a produção de um discurso sonoro, mesmo que sem significação, mas que faça mediação ao laço social. Nos sujeitos que não foracluem o Real, a via de evanescência do sujeito não está entre os significantes, e sim na dimensão do ato, do non sens que traz a marca do corpo Real através da enunciação, mesmo que sem fala. A essa condição de o sujeito evanescer no ato que evidencia o Real do significante, denominamos faz(s)er, como alternativa ao falasser do sujeito falante. Nossas discussões apontam que por meio da intervenção da musicalidade sobre Lalangue e Sinthoma é possível a constituição de um faz(s)er do sujeito como produção de significantes no Real que atuam como discurso de enunciação, não só fazendo laço social mas também legitimando o sujeito na condição autista e de estrutura psicótica em seu modo de existência psíquica.
Resumo (inglês)
Following the perspective of Freud and Lacan's psychoanalytic theory, this work discusses musicality and its implications in the psychic constitution of the subject, considering the peculiarities on the psychic dynamics that occur in autism and psychosis, demonstrating the possibility of social bonding. According to our findings, one could say that musicality maintains, in itself, the primordial relation of the signifier that does not denies (Verwerfung) the Real, evidencing a process of significant chaining even before the production of imaginary signification. In this sense, Lalangue and Sinthome, productions of significant relation of the subject that maintain in themselves the elementarity of the Real, demonstrate a way of intervention through musicality for the production of a sound discourse, even if without meaning but with mediation to the social bond. At this subjects who do not deny (Verwerfung) the Real, the way of their “evanescence” is not between the signifiers, but on the dimension of the act, the non-sens that brings the mark of the Real body through enunciation, even without speech. For this condition, we should call “faz(s)er” (“d(t)o be”), as an alternative to the parlêtre of the speaking subject. Our discussion tries to show that through the intervention of musicality on Lalangue and Sinthome it is possible to constitute a d(t)o be of the subject as a production of signifiers that acts as a discourse of enunciation, not only making a social link but also legitimating the subject in the autistic condition and of psychotic structure in their own mode of psychic existence.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português