Caracterização morfológica do câncer de mama triplo negativo e correlação com a resposta à quimioterapia neoadjuvante

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2020-02-17

Orientador

Marques, Mariângela Esther Alencar
Pessoa, Eduardo Carvalho
Schmitt, Fernando Carlos de Landèr

Coorientador

Pós-graduação

Patologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Introdução: O Câncer de Mama é uma doença complexa e heterogênea que compreende vários subtipos biologicamente definidos, associados a comportamentos clínicos distintos, com diferentes respostas à terapêutica. O carcinoma mamário triplo negativo (CMTN) é um subtipo definido por critério imuno-histoquímico, caracterizado como tumores negativos para receptores de estrógeno (RE), receptores de progesterona (RP) e HER2. Os triplo negativos são um subgrupo de neoplasias que possuem um perfil heterogêneo, apresentam comportamento agressivo, padrões distintos moleculares, morfológicos e de metástases, além de falta de terapias específicas. Eles representam aproximadamente 15% dos carcinomas mamários. Objetivos: Correlacionar as características morfológicas dos CMTN com a resposta terapêutica à quimioterapia neoadjuvante. Materiais e métodos: Foram selecionadas 76 amostras de pacientes com diagnóstico anatomopatológico de carcinoma mamário triplo negativo, no período entre 2008 e 2018. Foram analisados dados clínicos/epidemiológicos; avaliadas as características morfológicas microscópicas dos tumores triplo negativos: infiltrado linfocitário, estroma e celularidade tumoral e correlacionado com a resposta à quimioterapia neoadjuvante. Resultados: A associação entre o infiltrado inflamatório e a resposta à quimioterapia neoadjuvante foi estatisticamente significativa (p = 0.0103). Dos 19 casos que tiveram resposta completa à quimioterapia neoadjuvante, 15 casos (78,95%) apresentavam infiltrado inflamatório linfocitário (moderado a intenso) e 4 casos (21,05%) apresentavam pouco ou nenhum infiltrado. Em relação as pacientes que tiveram ausência de resposta ao tratamento, 10 biópsias (71,43%) não continham linfócitos, enquanto apenas 4 biópsias (28,57%) apresentavam infiltrado. Quando se avalia o estroma ou a celularidade tumoral, com infiltrado linfocitário e resposta à quimioterapia, independentemente de estroma/celularidade tumoral serem abundantes ou escasso, há uma boa resposta quimioterápica quando tem moderado a intenso infiltrado. Conclusão: O infiltrado inflamatório linfocitário está associado a uma melhor resposta à quimioterapia neoadjuvante.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados

Financiadores