Coabitar, coexistir: o significado de morar em área central : um estudo sobre o município de Campinas

Abstract

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Abordar a Habitação de Interesse Social é tratar de cidade, de urbanização, de população e do sistema capitalista. Neste contex-to, um século de tentativas se passaram na busca de soluções para toda a complexidade que esta questão compreende. Todavia, o que prevalece até hoje é a produção de conjuntos habitacionais desen-volvidos para classes sociais de baixa renda. Desta forma, ficam à mercê do mercado imobiliário e do capital privado, os quais aspiram ao lucro máximo, independente da qualidade. Outro aspecto caracte-rístico dessa forma de agenciar os empreendimentos de habitação de interesse social é implantá-los em bairros afastados dos centros de cidades, na periferia onde a terra é mais barata e o lucro do investi-mento mais rentável. Os centros urbanos sofreram um esvaziamento habitacional, pois a população de maior renda que outrora habitava a região central se deslocou para outros bairros, provocando o sur-gimento de novas centralidades. É nesta conjuntura que os centros urbanos tradicionais, passam a ser vistos como locais com potencial de infraestrutura, equipamentos públicos institucionais, comércios, serviços e de geração de emprego como áreas com possibilidades para esta população mais pobre, seja ocupando edifícios abandona-dos, seja visando a ocupação de vazios urbanos com novos progra-mas e projetos. Visto isso, aproxima-se a questão de que o município de Campinas também se enquadra neste cenário e, por isso, o po-tencial do centro desta cidade para implantar habitação de interesse social é o objeto de estudo deste Trabalho Final de Graduação (TFG). Por último, o produto final deste trabalho tem por objetivo realizar um projeto arquitetônico com uma proposta de ocupação de um espaço do centro da cidade, através da produção de unidades habitacionais inseridas em um vazio urbano campineiro.