"Zona Contaminada": a encruzilhada entre orixás e feminismos no texto de Caio Fernando Abreu
Carregando...
Arquivos
Data
2022-07-20
Autores
Orientador
Nigro, Claudia Maria Ceneviva 
Coorientador
Pós-graduação
Letras - IBILCE
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A presente pesquisa investiga o texto teatral Zona Contaminada de Caio Fernando Abreu, a partir de teorias feministas e do trabalho da Cia. do Santo Forte durante o período de isolamento social decorrente da pandemia de COVID-19. O coletivo foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto com o Prêmio Nelson Seixas de Produção Teatral para executar a encenação da peça no segundo semestre de 2020 em ambiente virtual. A metodologia do grupo aplicada neste contexto, consistiu em estudar a dramaturgia e reconhecer características das personagens aproximando-as das entidades e divindades da Umbanda e do Candomblé, encaminhando o processo criativo para uma performance audiovisual. A obra literária apresenta as “orixás de frente” das personagens protagonistas de ambas as obras, convergindo com os propósitos do grupo, amparado nos “Arquétipos da umbanda para o trabalho do ator”. O conceito de encruzilhadas subsidia a interseccionalidade da cultura popular e da literatura. Para fundamento das referências afro-religiosas, consideram-se as sabedorias de tradição oral, danças e pontos cantados de terreiro, além das produções de Kiusam de Oliveira e Leda Maria Martins. Como aporte teórico para refletir acerca do poder das mulheres sobre seus corpos e o interesse do Estado em controlar a fertilidade feminina, utiliza-se Interseccionalidade de Carla Akotirene, Calibã e A Bruxa e O Ponto Zero da Revolução de Silvia Federici.
Resumo (inglês)
The present research investigates the theatrical text Contaminaded Zone by Caio Fernando Abreu, based on feminist theories and the work of Cia. do Santo Forte, in the times of social isolation resulting from COVID-19. The collective was awarded by the Municipal Secretary of Culture of São José do Rio Preto with Nelson Seixas Theater Production Award to perform the staging of the play in the second half of 2020 in a virtual environment. The methodology of the group applied in this context consisted in studying dramaturgy and recognizing characteristics of the characters of both works of art. Approaching them to the entities and divinities of Umbanda and Candomblé, the director created an audiovisual performance. The literary work presents the “front orixás” of the main characters, converging with the purposes of the group, supported by the “Archetypes of Umbanda for the work of the actor”. The concept of crossroads subsidizes the intersectionality of popular culture and literature. For the foundation of Afro-religious references, it was considered the wisdom of oral tradition, dances and songs of terreiro, in addition to the productions of Kiusam de Oliveira and Leda Maria Martins. As a theoretical contribution to reflect on the power of women over their bodies and the State's interest in controlling female fertility, Intersectionality, by Carla Akotirene, Caliban and the witch, and Revolution at Point Zero, by Silvia Federici, were used.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português