Avaliação de preditores de mortalidade e eventos coronarianos nos pacientes em diálise peritoneal

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Data

2023-09-29

Orientador

Bazan, Silméia Garcia Zanati

Coorientador

Martin, Luis Cuadrado

Pós-graduação

Fisiopatologia em Clínica Médica - FMB 33004064020P0

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Introdução: Pacientes com doença renal crônica (DRC) representam um grande problema de saúde pública, com alta incidência e custo. Nesse grupo, a mortalidade geral é cerca de 20% ao ano, principalmente cardiovascular. Dentre os fatores de risco cardiovasculares, está a calcificação vascular, avaliada por meio do escore de cálcio das artérias coronárias (CAC). Não é, porém, de fácil acesso. Na DRC em terapia renal substitutiva, o tamanho do átrio esquerdo (AE) ao ecocardiograma foi associado à ocorrência de isquemia silenciosa. Na literatura existem poucas evidências relacionando o tamanho do AE com o CAC ou com eventos cardiovasculares e mortalidade, principalmente na diálise peritoneal (DP). Objetivos: Avaliar preditores de mortalidade e eventos cardiovasculares nos pacientes em DP, com enfoque na sensibilidade e especificidade de variáveis ecocardiográficas quando comparadas ao método de CAC e verificar a relação entre o tamanho de AE ao ecocardiograma e outras variáveis analisadas. Métodos: Estudo de coorte, em pacientes com DRC em DP na Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. Foram avaliados dados demográficos e clínicos, análise bioquímica, cálculo do Kt/V peritoneal semanal e função renal residual, CAC, avaliação Doppler-ecocardiográfica, avaliação ultrassonográfica das artérias carótidas, avaliação da rigidez arterial e avaliação do estado de hidratação. Resultados: Foram avaliados 44 pacientes captados entre março de 2018 e agosto de 2019, com média de idade de 53,6 ± 13,9 anos e tempo médio de seguimento de 38,18 ± 12,95 meses, sendo alocados segundo ocorrência de eventos maiores nos grupos: EVENTO (n=25) e LIVRE (n=19). A avaliação do volume do AE indexado apresentou diferença significante, firmando-se como preditor para eventos cardiovasculares (p=0,005, RR: 10,975) e com valor para predição de desfechos inferior ao da diretriz atual (29,97mL/m2). Comparando os grupos quanto ao volume de átrio esquerdo indexado, utilizando dois valores de corte (34 e 29,97 mL/m2), notou-se que um maior átrio esquerdo esteve relacionado a disfunção diastólica, maior volemia e rigidez arterial. Conclusão: O volume do AE indexado aferido ao ecocardiograma atua como preditor para desfechos cardiovasculares e mortalidade geral. Assim, o ecocardiograma mostrou-se ferramenta útil para o melhor seguimento desses pacientes e otimização de tratamento clínico, a fim de reduzir desfechos desfavoráveis.

Resumo (inglês)

Introduction: Patients with chronic kidney disease (CKD) are a major public health issue, due to its high incidence and treatment cost. This group’s general mortality is about 20% per year, mainly from ardiovascular etiology. Among the cardiovascular risk factors, there’s vascular calcification, evaluated through coronary artery calcium score (CAC). Such an exam is not however easy to perform. In CKD under substitutive kidney therapy, the left atrium (LA) size measured by echocardiogram was associated with the occurrence of silent ischemia. In the literature, there are few evidences relating LA size with coronary calcium score or cardiovascular events and mortality, especially when under peritoneal dialysis (PD). Objective: To evaluate mortality and cardiovascular events predictors in patients under PD, focusing on the sensibility and specificity of echocardiographic variables when compared to the CAC method and to analyze the relation between LA size measured by echocardiogram and other variables assessed. Methods: A cohort study, in CKD patients under PD in the Dialysis Unit at the Clinics Hospital, Botucatu Medical School - UNESP. It was assessed demographic and clinical data, biochemical analysis, weekly peritoneal Kt/V and residual kidney function, coronary calcium score, echocardiographic analysis, arterial stiffness evaluation, and hydration status. Results: We evaluated 44 patients between march 2018 and august 2019, with aged 53.6 ± 13.9 years and average follow-up time of 38.18 ± 12.95 months, which were divided according to the occurrence of major events into groups: EVENTO (n=25) and LIVRE (n=19). The evaluation of LA volume presented a statistically significant difference, confirming to be a predictor to cardiovascular events (p=0.005, HR 10.975) at a value to predict endpoints below that from current guidelines (29,97mL/m2). When comparing both groups as to indexed left atrium volume, using two different cut-offs (34 e 29,97 mL/m2), it was noticed that a greater atrium was related to diastolic dysfunction, greater body water and arterial rigidity. Conclusion: LA volume index seen in echocardiogram is a predictor for cardiovascular outcomes and general mortality. In this way, echocardiogram becomes a useful tool to improve follow-up of these patients and to optimize clinical treatment, aiming to reduce unfavorable outcomes.

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Idioma

Português

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