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Eficácia do tratamento das osteonecroses da cabeça femoral na síndrome Pós-COVID através do transplante autólogo de células mononucleares da medula óssea

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Data

2024-10-24

Orientador

Garrido, Saulo Santesso

Coorientador

Daltro, Gildásio de Cerqueira

Pós-graduação

Biotecnologia - IQAR

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, gerou impacto significativo mundial, originando-se em Wuhan, China, em dezembro de 2019, e rapidamente se espalhando globalmente. Medidas variaram de lockdowns a distanciamento social devido à alta transmissibilidade do vírus e sua capacidade de infectar assintomáticos. Vacinas altamente eficazes foram desenvolvidas em resposta à emergência médica, enquanto mais de 770 milhões de infecções e 6.95 milhões de óbitos foram registradas até julho de 2023. O surgimento de osteonecroses da cabeça femoral em pacientes pós-infecção, possivelmente relacionado ao uso de corticosteroides, estimulou a busca por compreensão fisiopatológica e tratamentos minimamente invasivos, como autotransplante de células-tronco mesenquimais. O estudo tem como objetivo principal avaliar a eficácia do transplante autólogo de células mononucleares no tratamento das osteonecroses da cabeça femoral após infecção por coronavírus. Participaram 15 pacientes com osteonecrose da cabeça femoral pós-COVID-19, entre 31 e 64 anos. A coleta de dados ocorreu de junho de 2021 a julho de 2023. O procedimento de coleta de células-tronco da medula óssea ocorreu sob sedação. O transplante autólogo das células foi guiado por radioscopia. O pós-operatório envolveu restrições e monitoramento clínico, além de correção da dosagem de corticosteroides. Este estudo abrangeu 15 pacientes com osteonecrose da cabeça femoral pós-COVID-19 (total de 18 quadris). Quatro pacientes não fizeram cirurgia, um usou anti-retrovirais para HIV e um não foi localizado. Dos 13 operados, 66.7% eram homens (média de idade de 46.3 anos; 73.3% pardos). A maioria não tinha comorbidades, com 6.6% tendo hipertensão e diabetes. Todos tiveram COVID-19 leve a moderado; 40% dos internados não precisaram de ventilação. 66.7% receberam corticosteroides (35mg de prednisolona/dia). A média entre infecção e sintomas no quadril foi 183.3 dias. A necrose ocorreu principalmente no quadril direito (86.7%), com área média necrosada de 40%. A pontuação do Harris Hip Score pré-operatório foi 65.4, subindo para 75.9 pós-operatório. Um quadril evoluiu para artroplastia total após 14 meses. A infecção por COVID-19 está relacionada ao aumento da incidência de osteonecrose da cabeça femoral. É essencial aprofundar a investigação biomolecular dos efeitos infecciosos nos vasos e tecidos periarticulares. O uso e duração de corticosteroides estão ligados ao surgimento das osteonecroses. Contrariamente, pacientes que tiveram COVID-19 sem corticosteroides podem também desenvolver osteonecrose devido a possíveis impactos no sistema circulatório. O tratamento com células progenitoras autólogas da medula ósseapara osteonecroses do quadril nesses pacientes mostrou promessa, requerendo maior número de participantes em protocolos similares para validação.

Resumo (inglês)

The COVID-19 pandemic, caused by the SARS-CoV-2 coronavirus, has had a significant global impact, originating in Wuhan, China, in December 2019, and rapidly spreading worldwide. Measures varied from lockdowns to social distancing due to the virus's high transmissibility and ability to infect asymptomatic individuals. Highly effective vaccines were developed in response to the medical emergency, while over 770 million infections and 6.95 million deaths were recorded by July 2023. The emergence of femoral head osteonecrosis in post-infection patients, possibly related to corticosteroid use, prompted the search for pathophysiological understanding and minimally invasive treatments, such as autologous mesenchymal stem cell transplantation. The study aims to assess the efficacy of autologous mononuclear cell transplantation in the treatment of femoral head osteonecrosis after coronavirus infection. Fifteen patients with post-COVID-19 femoral head osteonecrosis, aged 31 to 64 years, participated. Data collection occurred from June 2021 to July 2023. The bone marrow stem cell collection procedure was performed under sedation. Autologous cell transplantation was guided by fluoroscopy. Postoperative care included restrictions, clinical monitoring, and corticosteroid dose correction. This study included 15 post-COVID-19 femoral head osteonecrosis patients (total of 18 hips). Four patients did not undergo surgery, one used antiretrovirals for HIV, and one could not be located. Of the 13 operated cases, 66.7% were male (average age 46.3 years; 73.3% non-white). Most had no comorbidities, with 6.6% having hypertension and diabetes. All experienced mild to moderate COVID-19; 40% of hospitalized patients did not require ventilation. Sixty-six point seven percent received corticosteroids (35mg prednisolone/day). The average time between infection and hip symptoms was 183.3 days. Necrosis mainly affected the right hip (86.7%), with an average necrotic area of 40%. Preoperative Harris Hip Score averaged 65.4, rising to 75.9 postoperatively. One hip underwent total arthroplasty after 14 months. COVID-19 infection is linked to increased femoral head osteonecrosis incidence. It is crucial to delve into the biomolecular investigation of infectious effects on periarticular vessels and tissues. The use and duration of corticosteroids are associated with osteonecrosis onset. Conversely, COVID-19 patients without corticosteroids may also develop osteonecrosis due to potential impacts on the circulatory system. Treatment with mesenchymal stem cells for hip osteonecrosis in these patients shows promise, necessitating a larger number of participants in similar protocols for validation.

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Português

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