O aparato bélico da Coreia do Norte: uma análise do programa nuclear da dinastia Kim e da dissuasão como estratégia de sobrevivência do regime

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-03-30

Orientador

Saint-Pierre, Héctor Luis

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) – IPPRI

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Analisamos a motivação e os objetivos do programa nuclear da Coreia do Norte. Acreditamos que este país, cuja população passa por privações alimentares, investiu mais de um quinto do PIB em defesa, durante décadas, por vários fatores, entre eles a permanência em estado de guerra formal com a Coreia do Sul, a doutrina de aversão a inimigos declarados, a percepção de isolamento diante de um mundo hostil e um culto ao exército como instituição fundamental do Estado. Entendemos que o aparato nuclear norte-coreano tem caráter dissuasório, amparados na assimetria entre os arsenais da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, na conduta racional dos líderes da dinastia Kim durante as negociações e na manutenção, por parte de Pyongyang, de uma permanente atmosfera de incerteza. Analisamos também de que forma o domínio bélico nuclear norte-coreano impacta a sensibilidade dos Estados Unidos e se a posse de tal armamento foi o que garantiu a Kim Jong-un a chance de negociar com Donald Trump, entre outros temas, o abrandamento de sanções econômicas. Por fim, avaliamos a possibilidade de desnuclearização da Coreia do Norte, como desejam os Estados Unidos. Nossa hipótese é que a dinastia Kim considera a manutenção do aparato nuclear uma condição sine qua non para a sobrevivência do Estado e instrumento de barganha imprescindível para a suspensão das sanções e a consequente melhoria das condições econômicas e sociais do país.

Resumo (inglês)

We analyzed the motivation and purposes of the North Korean nuclear program. We believe that this country, whose population undergoes food deprivations, invested more than one-fifth of its GDP on defense for decades due to many factors, like the permanence in a state of formal war with South Korea, a doctrine of aversion to declared enemies, a perception of isolation in the face of a hostile world and an army worship as a state fundamental institution. We understand that the North Korean nuclear apparatus has a deterrent character based on the asymmetry between North Korea’s and United States’ arsenals, on the rational behavior of the Kim’s dynasty leaders during the negotiations and on the maintenance, by Pyongyang, of a permanent atmosphere of uncertainty. We also analyze how the North Korean nuclear realm impacts the United States’ sensitivity and if the possession of such weaponry was what guaranteed Kim Jong-un the chance to negotiate with Donald Trump, among others issues, the slowdown of economic sanctions. At last, we evaluated the possibility of North Korea’s denuclearization as the United States desire. Our hypothesis is that Kim dynasty considers the maintenance of its nuclear apparatus a sine qua non condition to the state’s survival and a crucial bargaining chip to the sanctions suspension and the consequent improvement of the countries’ economic and social conditions.

Resumo (espanhol)

Analizamos la motivación y los objetivos del programa nuclear de Corea del Norte. Creemos que este país, cuya población pasa por privaciones alimentarias, invirtió más de un quinto del PIB en defensa, durante décadas, por varios factores, entre ellos la permanencia en estado de guerra formal con Corea del Sur, la doctrina de aversión a enemigos declarados, la percepción de aislamiento frente a un mundo hostil y un culto al ejército como institución fundamental del Estado. Entendemos que el aparato nuclear norcoreano tiene carácter disuasorio, amparado en la asimetría entre los arsenales de Corea del Norte y de los Estados Unidos, en la conducta racional de los líderes de la dinastía Kim durante las negociaciones y en lo mantenimiento, por parte de Pyongyang, de una permanente atmósfera de incertidumbre. Analizamos también de qué forma el dominio bélico nuclear norcoreano impacta la sensibilidad de los Estados Unidos y si la pose de tal armamento fue lo que garantizó a Kim Jong-un la oportunidad de negociar con Donald Trump, entre otros temas, la reducción de las sanciones económicas. Por último, evaluamos la posibilidad de desnuclearización de Corea del Norte, como desean los Estados Unidos. Nuestra hipótesis es que la dinastía Kim considera el mantenimiento del aparato nuclear una condición sine qua non para la sobrevivencia del Estado e instrumento de negociación imprescindible para la suspensión de las sanciones y la consecuente mejora de las condiciones económicas y sociales del país.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados