O Camp nas performances de gênero em A Streetcar Named Desire, de Tennessee Williams

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Data

2024-06-07

Orientador

Rossi, Aparecido Donizete

Coorientador

Pós-graduação

Estudos Literários - FCLAR 33004030016P0

Curso de graduação

Título da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

No que diz respeito à peça A Streetcar Named Desire (1947) de Tennessee Williams, pode-se compreender o funcionamento da estética Camp essencialmente em duas personagens: Blanche DuBois e Stanley Kowalski. Desse modo, o objetivo desta pesquisa é estudar e aprofundar a análise dessas duas personagens à luz da manifestação queer do Camp. A fim de entender este fenômeno, é preciso contextualizá-lo historicamente, tendo surgido da necessidade teórica de assimilar os conceitos de ironia e paródia dentro do cenário queer pós-moderno, em que a sexualidade e a performance de gênero são fundamentais. À vista disso, e a partir desse viés teórico, é possível conceber o Camp de maneira abrangente como uma sensibilidade e estética do artificial e do exagero, como o define Susan Sontag em "Notes on 'Camp'" (1964); e, de maneira mais profunda, uma paródia irônica política e crítica queer, como proposto por Moe Meyer em The Politics and Poetics of Camp (1994). O fênomeno Camp desdobra-se na peça A Streetcar Named Desire por meio de Blanche e Stanley, uma vez que ambos performam constantemente um exagero irônico em suas sexualidades e gêneros, o que permite o desenvolvimento de uma leitura paródica e irônica de seus papéis como homem e mulher, construídos a partir de um processo de estereotipificação. Portanto, esta dissertação procura dar conta dos diferentes aspectos de performance e representação, no que tange ao gênero e sexualidade, que Blanche e Stanley exibem, e como isso pode contribuir para a compreensão crítico-analítica da peça.

Resumo (inglês)

When it comes to the play A Streetcar Named Desire (1947) by Tennessee Williams, it is possible to perceive the functioning of the Camp aesthetics in essentially two characters: Blanche DuBois and Stanley Kowalski. Accordingly, the aim of this research is to study and deepen the analysis of these characters in Camp’s perspective. In order to understand this phenomenon, it must be historically contextualized first, with its beginnings related to the theoretical need to comprehend the concepts of irony and parody within the postmodern queer scenario, in which sexuality and gender are fundamental. Therefore, from a more formalistic viewpoint, Camp can be understood in a broader sense as a sensibility and aesthetics of the artificial and the exaggerated, as defined by Susan Sontag in "Notes on 'Camp'" (1964); and, if taken a more profound perspective, Camp is known as a queer critical-political ironic parody, as Moe Meyer points out in The Politics and Poetics of Camp (1994). This aesthetic can be inferred in A Streetcar Named Desire through Blanche’s and Stanley’s characters, since both of them constantly perform an ironic exaggeration in their sexualities and gender identities, allowing the spectators to read them as an ironic parody of their roles as man and woman, stemmed from a process of stereotypification. Thus, this dissertation takes into account the different aspects of performance and representations approaching gender and sexuality, which Blanche and Stanley show, and how that can affect the unraveling and comprehension of the play.

Descrição

Idioma

Português

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