Deslocamento na matriz por espécies na Mata Atlântica: integrando dados de atropelamento e o conhecimento de especialistas

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Data

2020

Orientador

Ribeiro, Milton Cezar

Coorientador

Assis, Julia Camara de

Pós-graduação

Curso de graduação

Rio Claro - IB - Ciências Biológicas

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Entre os processos antrópicos e naturais que alteram a paisagem, temos a remanescente na paisagem, passa a ter efeitos negativos na movimentação da fauna. Em paisagens com habitat fragmentado, a movimentação é essencial para manter a dinâmica populacional de diversas espécies. Dessa forma, os organismos tendem a percorrer a matriz com maior frequência, arriscando-se de acordo com sua capacidade de locomoção e sensibilidade a ambientes alterados, o que, em muitos casos, afeta as taxas de mortalidade das espécies. No Brasil, as estruturas viárias desempenham papel relevante pois, além de atuarem na fragmentação, oferecem risco de atropelamento, agindo como sumidouro de espécies. Todavia, quando os atropelamentos são registrados, é possível compilar informações importantes sobre a ocorrência de populações animais, prever focos de atropelamentos e propor medidas de mitigação, como passagens de fauna. Ao atrelar tais informações ao conhecimento de especialistas, é possfvel avaliar diferentes aspectos da ecologia de espécies atropeladas, e como são afetadas por infraestruturas lineares. No presente estudo, utilizamos dados de atropelamento para descrever padrões de distancia potencial de deslocamento de 90 espécies na matriz antrépica. Para isso, as seguintes etapas foram realizadas: 1) triagem das espécies com informações suficientes para estimar seu deslocamento na matriz, ii) análise da variação das distancias de deslocamento das espécies fora do habitat florestal e iii) verificação da curva de decaimento das distâncias percorridas. As espécies selecionadas foram avaliadas por especialistas, para melhor compreensão de suas preferências de habitat e dependência florestal, bem como probabilidades de cruzarem estruturas viárias. Para validar os valores de deslocamento obtidos junto aos especialistas, foi feito um levantamento bibliográfico sobre movimentação na matriz para cada espécie estudada. Dentre as espécies focais, constam em guantidade decrescente mamíferos, aves, répteis e anfíbios. As distâncias médias estimadas para o deslocamento na matriz variaram entre o menor valor de 631 (Colaptes campestris) e 1058m (Turdus rufiventris), ambos atribuídos a espécies de aves. A consulta aos especialistas indicou que a maioria das espécies registradas não é estritamente florestais, havendo apenas alguns animais com maior preferência a ambientes de floresta. A literatura científica apresenta trabalhos de movimentação para algumas das espécies estudadas, com grande quantidade de estudo para P. concolor, e os valores de distância, em sua maioria, divergem dos obtidos no presente estudo. Os resultados apresentados neste estudo possibilitam compreender melhor os padrões de locomoção das espécies selecionadas pela matriz, especialmente para anfibios e répteis, grupos menos frequentes em estudos de ecologia espacial e movimentação. Os valores de distância de deslocamento na matriz estimados para as espécies selecionadas complementam estudos de movimentação existentes, e fornecem novos insights para espécies pouco estudadas. Além disso, a integração de várias fontes de informações (banco de dados de atropelamentos, conhecimento dos especialistas e literatura científica) contribui para o avanço no conhecimento e desenvolvimento de medidas de conservação dessas espécies.

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Português

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