Análise de dois modos de polimerização de sistemas adesivos na resistência de união à dentina e compósitos universais

Abstract

Um novo sistema adesivo de presa química foi lançado recentemente e existe uma escassez de estudos na literatura sobre como esse novo sistema adesivo de presa química interage com a dentina, e se este modo de polimerização poderá promover uma união mais efetiva e duradoura com o substrato e/ou material restaurador. Baseado nestas informações, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de dois modos de polimerização de sistemas adesivos, autopolimerizável e fotopolimerizável, na resistência de união à dentina e ao compósito restaurador. Vinte e quatro molares humanos hígidos foram utilizados (n=24), tendo suas superfícies oclusais aplainadas para expor a dentina. Foram então divididos em 3 grupos (n=8), de acordo com o sistema adesivo utilizado, sem condicionamento prévio da dentina: (GD1) - Adesivo universal autopolimerizável (Palfique Universal Bond)/Resina composta Palfique LX5; (GD2) - Adesivo autocondicionante fotopolimerizável (Palfique Bond)/Resina composta Palfique LX5; (GD3) - Adesivo universal fotopolimerizável (Scotchbond Universal)/Resina composta Filtek Z350. Após a adesão realizada de acordo com recomendações dos fabricantes as amostras foram armazenadas em ambiente úmido por 24 horas para completa polimerização dos adesivos, metade as amostras foram submetidas ao teste me união à microtração e outra metade foi submetida a termociclagem por 10.000 ciclos e posteriormente foram realizados os testes de união à microtração, o padrão de fratura também foi avaliado em lupa estereoscópica. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos a testes estatísticos de normalidade e testes específicos para verificação da significância entre as médias (α=0,05). Não houve diferença estatisticamente significante na resistência de união entre os tempos de realização do teste, antes e depois da termociclagem (p= 0.718). Na comparação entre os materiais, o adesivo Scotchbond Universal (3M) apresentou maiores valores de resistência de união comparado aos demais materiais (p<0.05), apresentando diferença estatística em relação ao adesivo Palfique Bond (fotoativado) antes da termociclagem, e em relação ao Palfique Universal (quimicamente ativado), após a termociclagem. Não houve diferença estatisticamente significante entre os adesivos Palfique Bond e Palfique Universal Bond (p= 0. 888). O modo de falha predominante para todos os grupos experimentais foi o do tipo adesiva, sendo este tipo de falha menor para o adesivo da 3M. Para todos os grupos, a falha adesiva aumentou após a termociclagem. Foi possível concluir que não houve diferença na resistência de união às interfaces adesivas no que se refere ao modo de polimerização dos adesivos, assim como após a termociclagem. Os valores de resistência de união foram material dependentes.

A new chemical-setting adhesive system was recently launched, and there is a lack of studies in the literature on how this new chemically activated adhesive system interacts with dentin or whether this polymerization mode can promote a more effective and lasting bond with the substrate and/or restorative material. Based on this information, the objective of this study was to evaluate the effect of two modes of polymerization of adhesive systems, self-curing and light-curing, on the bond strength of dentin and the restorative composite. Twenty-four healthy human molars were used (n=24), with their occlusal surfaces planned to expose the dentin. They were then divided into 3 groups (n=8), according to the adhesive system used, without prior conditioning of the dentin: (GD1) - Universal self-curing adhesive (Palfique Universal Bond)/composite resin Palfique LX5; (GD2) - light-curing self-etching adhesive (Palfique Bond)/Palfique LX5 composite resin; (GD3) - Universal light-curing adhesive (Scotchbond Universal Plus)/Filtek Z350 composite resin. After adhesion was performed in accordance with the manufacturers' recommendations, the samples were stored in a humid environment for 24 hours for complete polymerization of the adhesives. Half of the samples were submitted to the microtensile bonding test, and the other half were subjected to thermocycling for 10,000 cycles. Subsequently, microtensile bonding tests were performed, and the fracture pattern was also evaluated under a stereoscopic magnifying glass. The data obtained were tabulated and submitted to statistical tests of normality and specific tests to verify the significance between means (α=0.05). There was no statistically significant difference in bond strength between the test times, before and after thermocycling (p= 0.718). Comparing the materials, the Scotchbond Universal (3M) adhesive showed higher bond strength values compared to the other materials (p<0.05), presenting a statistical difference in relation to the Palfique Bond adhesive (photoactivated) before thermocycling, and in relation to the Palfique Universal (chemically activated) after thermocycling. There was no statistically significant difference between Palfique Bond and Palfique Universal Bond adhesives (p= 0.888). The predominant failure mode for all experimental groups was the adhesive type, with this type of failure being lower for the 3M adhesive. For all groups, adhesive failure increased after thermocycling. It was possible to conclude that there was no difference in the bond strength at the adhesive interfaces regarding the polymerization mode of the adhesives, as well as after thermocycling. Bond strength values varied between adhesive brands.