Efeito do estresse térmico sobre embriões equinos produzidos in vivo durante simulação de transporte

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Data

2024-10-10

Orientador

Ignácio, Fernanda Saules

Coorientador

Pós-graduação

Biotecnologia Animal - FMVZ

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O aumento da temperatura global e seus extremos climáticos impactam na reprodução, bem como nos métodos de transporte de embriões. Este estudo objetivou avaliar efeito do estresse térmico (ET) sobre o embrião equino durante diferentes simulações de transporte. Os embriões foram coletados através de lavados uterinos 8 ou 9 dias após a ovulação, analisados (M0) quanto a sua morfologia e divididos em grupo controle (n= 7, avaliação imediatamente após colheita); 15ºC (n= 6, mantidos à 15ºC por 24h); 32ºC (n= 6, mantidos à 32ºC por 24h); 15ºC-ET (n= 6, mantidos à 15ºC por 24h e submetido a estufa á 50ºC por 2h); 32ºC-ET (n= 6, mantidos à 32ºC por 24h e submetido a estufa á 50ºC por 2h ) e ET (n= 7, submetido ao estresse térmico por 2h em estufa à 50ºC em criotubo). O acondicionamento dos embriões foi realizado em caixas isotérmicas (Botuflex®, Botupharma, Botucatu, SP) seguindo as descrições do fabricante nos grupos 15oC e 15oC-ET e, nos grupos 32oC e 32oC-ET, foram colocados dois gelos descartáveis mantidos em banho maria a 32oC por 48h. Os grupos submetidos ao ET ficaram 2h em estufa à 50ºC. Os embriões passaram por avaliação (M1) morfológica e estresse oxidativo (TBARS-ng/mL). Na análise estatística foi usado ANOVA e Kruskal-Wallis comparando os grupos, seguido por Tukey comparando as médias, para avaliação morfológica foi utilizado teste Wilcoxon e o modelo linear para estresse oxidativo à um nível de significância de 5%. O ET em estufa promoveu aumento da temperatura da caixa em 4h e 6h, e redução até 24h (grupos 15ºC-ET e 32ºC-ET). O grupo ET mostrou aumento (P<0,001) a partir dos 30 minutos e manteve acima de 41,2ºC durante as 2h. A taxa de crescimento o grupo 32ºC-ET foi maior que os grupos 15ºC, 15ºC-ET e ET; o grupo ET menor que o 15ºC, 32ºC e 32ºC-ET. Apenas o grupo ET diferiu (P=0,0006) o grau de qualidade do M0 (G1+) para o M1(G2-), e obteve resposta oxidativa (1627 ng/mL; P<0,0001) maior que todos os grupos. Os grupos controle (227 ng/mL), 32ºC (193,7 ng/mL) e 15ºC-ET (160,3 ng/mL) foram semelhantes quanto a resposta oxidativa, enquanto o grupo 15ºC (93,7 ng/mL) foi menor que os demais grupos. Considerando o grupo controle representativo da resposta oxidativa esperada para os embriões produzidos in vivo (D8/D9), o acondicionamento a 32oC se mostrou mais seguro quando não submetido a condições de temperaturas elevadas, justificado pela curva de temperatura homogênea e a taxa de crescimento embrionário. Porém, a refrigeração a 15oC pode ser mais adequada quando o sistema de acondicionamento for exposto às altas temperaturas

Resumo (inglês)

The increase in global temperature and its climactic extremes impact reproduction, as well as embryo transport methods. The aim of this study was to evaluate the effect of heat stress (HS) on equine embryos during different short storage simulations. The embryos were collected through uterine lavage 8 or 9 days after ovulation, analyzed (M0) for their morphology and divided by change into: control (n= 7, evaluation immediately after collection); 15ºC (n= 6, storage at 15ºC for 24h); 32ºC (n= 6, storage 32ºC for 24h); HS15ºC (storage ate 15ºC for 24h and subjected to HS for 2h); HS-32ºC (n=6, storage 32ºC for 24h and subjected to HS for 2h) and HS (n= 7, subjected to HS for 2h). The embryos were storage in isothermal boxes (Botuflex®, Botupharma, Botucatu, São Paulo, Brazil) according to the manufacturer’s descriptions in the 15ºC and HS-15ºC groups, and in the 32ºC and HS-32ºC groups, two disposable ices were placed and kept in a water bath ate 32ºC for 48h. The groups submitted to HS were spent 2h in an incubator at 50ºC. The embryos underwent morphological (M1) and oxidative stress (TBARs; ng/mL). In the statical analysis, ANOVA and Kruskal-Wallis were used to compare the groups, followed by Tukey comparing the means, for morphological evaluation of the embryos, the Wilcoxon test and linear model for oxidative stress were used (P<0,005). The HS in the incubator increased the temperature of the box at 4 and 6h and reduced it up to 24h (HS15ºC and HS-32ºC). The HS group showed an increase (P<0.001) from 30 minutes on wards and remained above 41,2ºC during 2h. The growth rate differed between the groups at M1, in which the HS-32ºC group was higher than 15ºC, HS-15ºC and HS groups; the HS group was lower than 15ºC, 32ºC and HS-32ºC. Only the HS group differed (P=0.0006) the quality grade from M0 (G1+) to M1 (G2-) and obtained an oxidative response (1627 ng/mL; P<0.001) was higher than all groups. The control (277 ng/mL), 32ºC (193.7 ng/mL) and HS-15ºC (160.3 ng/mL) groups were similar in terms of oxidative response, while the 15ºC (93.7 ng/mL) group was lower than the other groups. Considering the control group representative of the oxidative response expected for day 8 or 9 embryos produced in vivo, the storage at 32ºC proved to be safer when not subjected to high temperature conditions, justified by the homogeneous temperature curve and the embryonic growth rate. However, refrigeration at 15ºC seems to be more appropriate when the storage system is exposed to high temperatures.

Descrição

Idioma

Português

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