Uma ajustada escrita da História: a historicidade dos atos historiográficos de julgar no IHGB (1870-1944)
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Data
2023-01-25
Autores
Orientador
Cardoso Júnior, Hélio Rebello
Coorientador
Pós-graduação
História - FCLAS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A história da historiografia, área consolidada no Brasil, impõe às historiadoras e aos historiadores contemporâneos novas questões e a retomada de problemas centrais do ofício historiográfico. Esta tese parte de um problema fundante do fazer história, o julgamento histórico; busca dotá-lo de historicidade em um recorte específico, interrogando: os historiadores julgam? Se sim, o que julgam? Seria a ação de uma dada individualidade a ser imitada? Ou seria a importância de um acontecimento para a construção cívica de uma sociedade? Para responder estas quatro questões, realiza uma leitura minuciosa dos textos históricos de seis juristas que se tornaram sócios atuantes do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), entre fins do século XIX e meados do século XX, são eles: Tristão de Alencar Araripe (1821-1908), Olegário Herculano de Aquino e Castro (1828-1906), Pedro Augusto Carneiro Lessa (1859-1921), Augusto Olympio Viveiros de Castro (1867-1927), Rodrigo Octávio de Langgaard Menezes (1866-1944) e João Martins Carvalho Mourão (1872- 1951). Logo, o que se investiga é o “ato historiográfico de julgar” – expressão cunhada a partir das problematizações de Paul Ricoeur sobre o ato de julgar e de Reinhart Koselleck sobre a dissolução do topos Historia magistra vitae e a constituição do conceito moderno de História – compreendendo como as mudanças na forma de apreender o passado e alterações institucionais transformaram a relação destes sujeitos historiadores com seus objetos de estudo, mudando também as formas de remontar os fatos e emitir juízos para, enfim, tomar posição.
Resumo (inglês)
The history of historiography, a consolidated area in Brazil, imposes new questions on contemporary historians and the resumption of central problems of the historiographic craft. This thesis starts from a fundamental problem of making history, the historical judgment; seeks to endow it with historicity in a specific clipping, questioning: do historians judge? If so, what do they judge? Would it be the action of a given individuality to be imitated? Or would it be the importance of an event for the civic construction of a society? To answer these four questions, a thorough reading of the historical texts of six jurists who became active members of the Brazilian Historical and Geographical Institute (IHGB), between the end of the 19th century and the middle of the 20th century was carried out, are they: Tristão de Alencar Araripe (1821-1908), Olegário Herculano de Aquino e Castro (1828-1906), Pedro Augusto Carneiro Lessa (1859-1921), Augusto Olympio Viveiros de Castro (1867-1927), Rodrigo Octávio de Langgaard Menezes (1866-1944) and João Martins Carvalho Mourão (1872-1951). Therefore, what is investigated is the historiographical act of judging – an expression arised from Paul Ricoeur's problematizations about the act of judging and Reinhart Koselleck's about the dissolution of topos Historia magistra vitae and the constitution of the modern concept of History - understanding how changes in the way of apprehending the past and institutional alterations transformed the relationship of these historian subjects with their objects of study, also changing the ways of reassembling the facts and issuing judgments, to finally take a position
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português