Michael Jackson na Revista Manchete: racismo e LGBTfobia na mídia impressa dos anos 80 no Brasil
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Data
2023-01-15
Autores
Orientador
Mendonça, Marina Célia
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Letras - FCLAR
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
O racismo e a LGBTfobia são problemas sociais arraigados em diversas esferas da sociedade
brasileira, cujas consequências levam pessoas negras e integrantes da comunidade
LGBTQIAPN+ a serem sistematicamente prejudicadas. Nesse toar, a mídia representa, há
muito tempo, um instrumento de difusão e consolidação destes valores no imaginário social.
O objetivo central deste trabalho é analisar, segundo os preceitos do Círculo de Bakhtin, a
representação do artista Michael Jackson em reportagens da Revista Manchete durante a
década de 80, verificando se há ou não a presença do racismo e da LGBTfobia, e, se
aparecem, a maneira como o fazem, de modo a evidenciar a extensão desses valores no
imaginário brasileiro e trazer reflexões sobre a movimentação da mídia a esse respeito em um
ponto da história de um Brasil recém-redemocratizado: os anos 80. Para tal, realizou-se um
levantamento bibliográfico acerca de aspectos teóricos como o dialogismo, enunciado
concreto, gêneros do discurso, ideologia e signo ideológico, que guiarão a análise, bem como
sobre aspectos de raça, gênero e sexualidade no Brasil dos anos 80. Com as análises,
concluiu-se que a revista, através de escolhas vocabulares e signos marcados ideologicamente,
representa o artista de forma racista e LGBTfóbica, além de patológica, de forma que se faz
evidente a necessidade de se olhar para a historicidade desses problemas sociais e discuti-los
de forma democrática.
Resumo (inglês)
Racism and homophobia are social problems rooted in various spheres of Brazilian society,
whose consequences lead black people and members of the LGBTQIAPN+ community to be
systematically harmed. In this sense, the media has long represented an instrument for
disseminating and consolidating these values in the social imagination. The main objective of
this paper is to analyze, according to the precepts of the Bakhtin Circle, the representation of
the artist Michael Jackson in Manchete magazine reportages during the 80s, verifying whether
or not there is the presence of racism and homophobia, and, if they appear , the way they do it,
in order to highlight the extent of these values in the Brazilian imagination and bring
reflections on the media’s approach in this regard at a point in the history of a recently
redemocratized Brazil: the 80s. A bibliographic survey was carried out on theoretical aspects
such as dialogism, concrete utterance, discourse genres, ideology and ideological sign, which
will guide the analysis, as well as on aspects of race, gender and sexuality in Brazil in the
1980s. It was possible to conclude that the magazine, through vocabulary choices and
ideologically marked signs, represents the artist in a racist and LGBTphobic way, as well as
pathological, which makes clear the prominent need to look at the historicity of these social
problems and discuss them in a democratic way.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português