Epidemiologia da sepse neonatal precoce e tardia em prematuros de muito baixo peso, na Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, de 2010 a 2020

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Data

2024-03-22

Orientador

Rugolo, Ligia Maria Suppo de Souza

Coorientador

Bentlin, Maria Regina

Pós-graduação

Programa de Residência em Saúde da Família da Faculdade de Medicina - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Introdução: A sepse neonatal, apesar dos avanços na assistência perinatal, continua a ser um desafio significativo para neonatologistas, influenciando a morbimortalidade e aumentando os custos sociais e econômicos. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico, microbiológico e o prognóstico da sepse neonatal precoce (SP) e tardia (ST) em prematuros de muito baixo peso, internados nas Unidades da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, no período de 2010 a 2020. Método: Coorte multicêntrica, com PT-MBP, entre 22-36 semanas, peso de nascimento entre 400-1499g, sem malformações maiores/infecções congênitas, internados nas primeiras 72h de vida, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Variáveis: maternas, gestacionais, de nascimento, neonatais e agentes etiológicos. Desfecho: presença de sepse e mortalidade. Estatística: Teste do Qui-quadrado e t-student para comparação entre grupos, regressão logística múltipla por stepwise e modelo de Poisson, com teste de Wald para tendência temporal. Resultados: A incidência de SP nos 18 centros foi 30,7% (variação: 7,7-68,3%; p<0,001), e da confirmada de 1,6% (0,5%-4,7%; p<0,001), com redução ao longo dos anos. Gram negativos foram os principais agentes (66%). A mortalidade na SP foi 34,6% e a mortalidade neonatal precoce foi de 17,3%. Já na ST, a incidência foi 43,8% (variação: 27,3-64,9%), com 24,6% de ST confirmada e 19,2% de clínica. Gram positivos foram os agentes mais frequentes (64%). A mortalidade na ST foi 24,8% (variação:15,9-40,3%), sem redução durante a década. Conclusão: A incidência e mortalidade da SP e ST foram elevadas nos PT-MBP da RBPN, com grande variabilidade entre os centros. A sepse apresentou forte impacto na mortalidade e a ST na sobrevida com morbidades graves, reforçando a importância de medidas de prevenção da sepse nos PT-MBP. Esses dados mostram que há oportunidades de melhora na assistência à sepse.

Resumo (inglês)

Introduction: Despite advancements in perinatal care, neonatal sepsis remains a significant challenge for neonatologists, influencing morbidity and mortality while increasing social and economic costs. Objective: To analyze the epidemiological, microbiological, and prognostic profile of early (EOS) and late (LOS) onset sepsis in very low birth weight (VLBW) preterm infants admitted to 18 units of the Brazilian Network for Neonatal Research units from 2010 to 2020. Method: Multicentric cohort study with VLBW preterm infants, between 22-36 weeks, birth weight between 400-1499g, without major malformations/congenital infections, admitted within the first 72 hours of life, following the approval of the Research Ethics Committee. Variables: maternal, gestational, birth, neonatal, and etiological agents. Outcomes were the presence of sepsis and mortality. Statistics: Chi-square test and Student-t test for group comparisons, stepwise multiple logistic regression, and Poisson model, with Wald test for temporal trend. Results: The incidence of EOS in the 18 centers was 30.7% (range: 7.7-68.3%; p<0.001), and of confirmed EOS 1.6% (0.5%-4.7%; p<0.001), with a reduction over the years. Gram-negative bacteria were the predominant agents (66%). Mortality in EOS was 34.6% and early neonatal mortality was 17.3%. The incidence of LOS was 43.8% (range: 27.3-64.9%), with 24.6% confirmed and 19.2% clinical sepsis. Gram-positive bacteria were the most frequent agents (64%). Mortality in LOS was 24.8% (range: 15.9-40.3%), with no reduction over the decade. Conclusion: The incidence and mortality of EOS and LOS in VLBW infants were high, with great variability between centers. Sepsis had a strong impact on mortality and LOS on survival with severe morbidities, underscoring the importance of sepsis prevention measures in VLBW infants. These data indicate that there are opportunities for improvement in sepsis care.

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Português

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