A imagem da atleta feminina com deficiência pelo olhar da imprensa brasileira nos Jogos Paralímpicos rio 2016

Carlos, Neide Maria

A imagem da atleta feminina com deficiência pelo olhar da imprensa brasileira nos Jogos Paralímpicos rio 2016

Arquivos

carlos_nm_dr_bauru.pdf (4.63 MB)

Data

2021-07-21

Autores

Carlos, Neide Maria

Orientador

Marques, José Carlos

Pós-graduação

Comunicação - FAAC

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso aberto

Resumo

Resumo (português)

Buscando revelar o olhar da comunicação sobre a questão da mulher com deficiência e sua participação no esporte adaptado de alto rendimento, esta pesquisa analisa a representação imagética da mulher paratleta veiculada por três jornais brasileiros durante os Jogos Paralímpicos de 2016, os quais tiveram lugar na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 7 e 18 de setembro de 2016. A partir dos conceitos de interdircusividade e intericonicidade buscamos analisar fotografias veiculadas por jornais brasileiros. Nosso ponto de observação são as representações fotográficas fornecidas pelos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo e O Globo. A partir de conceitos sobre fotografia, corpo, estudos de gênero e discurso jornalístico, pretendemos conduzir a discussão em torno da problemática que envolve as representações sobre a mulher, a questão do corpo na comunicação e, especialmente, do corpo com deficiência – além dos significados implicados no esporte paralímpico. Nossa questão central é analisar como são representadas as atletas paralímpicas nas questões de visibilidade como atleta, mulher e pessoa com deficiência. Considerando que estamos lidando com mais de um fator discriminatório, o modelo de articulação teórico que adotamos admite a interseccionalidade como forma para o entrecruzamento de diferentes eixos de opressão. Já nosso modelo analítico recorre a definições propostas pela Análise do Discurso em autores como Dominique Mainguenau, Patrick Charaudeau e Jean-Jacques Coutirne que trazem definições sobre as características dos discursos e da interdiscursividade dos textos e das imagens. Os discursos midiáticos são capazes de mover barreiras impostas às mulheres atletas do esporte adaptado, podendo influenciar opiniões e romper o senso comum responsável pela manutenção de estereótipos e formas discriminatórias.

Resumo (inglês)

Seeking to reveal the communication perspective on the issue of women with disabilities and their participation in high performance adapted sport, this research analyzes the imagery representation of the para-athlete woman published by three Brazilian newspapers during the 2016 Paralympic Games, which took place in the city of Rio de Janeiro between September 7th and 18th, 2016. From the concepts of interdircusivity and intericonicity, we analyzed the photographs published in Brazilian newspapers. Our point of observation is the photographic representations provided by the newspapers O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo and O Globo. Based on concepts about photography, the body, gender studies and journalistic discourse, we intend to conduct the discussion around the issue that involves representations about women, the issue of the body in communication and, especially, the body with a disability - in addition to the meanings involved in Paralympic sport. Our central issue is to analyze how Paralympic women athletes are represented in terms of visibility as an athlete, woman and person with a disability. Considering that we are dealing with more than one discriminatory factor, the theoretical articulation model that we have adopted admits intersectionality as a way to intertwine different axes of oppression. Our analytical model, on the other hand, uses definitions proposed by Discourse Analysis in authors such as Dominique Mainguenau, Patrick Charaudeau and Jean-Jacques Coutirne, who bring definitions about the characteristics of discourses and the interdiscursiveness of texts and images. Media discourses are capable of moving barriers imposed on women athletes in the adapted sport, being able to influence opinions and break the common sense responsible for maintaining stereotypes and discriminatory forms.