Impactos da duração pós-parto no início do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (Iatf) nas taxas de prenhez de vacas nelore

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-10-27

Orientador

Cooke, Reinaldo Fernandes

Coorientador

Pós-graduação

Zootecnia - FMVZ

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O menor intervalo entre o parto e o início dos protocolos de IATF adotado pelo sistema de cria, no Brasil, é de 30 dias. Essa prática é embasada em pesquisas que caracterizam a involução uterina e a incidência de distúrbios uterinos em fêmeas Bos Taurus. A incidência de distúrbios uterinos, como endometrite subclínica, é baixa em vacas Nelore (Bos Indicus) assim como 28 dias após o parto. Portanto, foi pressuposto que vacas Nelore podem iniciar o protocolo de IATF logo no 20º dia após o parto (DPP) e ainda apresentar resultados satisfatórios. Este experimento avaliou as taxas de prenhez em 5.258 vacas Nelore (n= 1.703 primíparas e 3.555 multíparas) de acordo com o DPP no início do protocolo de IATF. O escore de condição corporal (ECC) foi registrado na IATF e o diagnóstico de gestação foi realizado, aproximadamente, 30 dias após a IATF. As vacas foram agrupadas de acordo com a categoria de partos e por DPP ao início do protocolo de IATF sendo classificadas com intervalos de 5 dias (por exemplo, ≤ 15 DPP, 16-20 DPP, 21 – 26 DPP, até vacas com ≥76 DPP). Os dados foram analisados dentro da categoria reprodutiva tendo a vaca como unidade experimental, usando contrastes polinomiais ortogonais (lineares, quadráticos ou cúbicos) gerados através do DPP médio de cada categoria. Em ambos os grupos, o ECC da vaca na IATF diminuiu linearmente (P≤0,01) com o avanço do DPP (por exemplo, 4,79; 4,00; e 3,73 nas primíparas e 4,95; 3,70 e 3,23 na multíparas classificadas, respectivamente, como: ≤ 15 DPP, 36-40 DPP, ≥ 76 DPP). A taxa de prenhez para IATF (P/IATF) foi afetada quadraticamente (P<0,01) pelo DPP para ambos os grupos. Nas primíparas, a taxa de prenhez aumentou até 36-40 DPP (~60%), permanecendo próximo a este nível até 51-60 DPP e diminuiu com o avanço do DPP, enquanto as primíparas classificadas como 21-25 DPP apresentaram resultados satisfatórios (~42%). Nas multíparas, a taxa de prenhez aumentou até 46-50 DPP (~70%), permanecendo próximo a este nível até 56-60 DPP diminuindo com o avanço do DPP, enquanto as classificadas como 21-25 DPP também expressaram resultados satisfatórios (~63%). Dentro de 30-60 DPP observou-se melhores taxas de prenhez para multíparas nelores, assim como para o grupo das primíparas nelore. Entretanto, resultados razoáveis foram observados quando o protocolo de IATF foi iniciado tão cedo como aos 21 DPP. Sendo assim, o intervalo entre o parto e o início do protocolo de IATF pode ser reduzido em 10 dias em fêmeas Nelore e ainda produzir taxas de prenhez aceitáveis, o que pode ser de grande valor para vacas que parem imediatamente antes ou durante a estação reprodutiva anual.

Resumo (inglês)

The shortest interval between calving and initiation of FTAI protocols adopted by Brazilian cow-calf systems is 30 d. This practice is largely based on research that characterized uterine involution and incidence of uterine disorders in Bos taurus females. Prevalence of uterine disorders such as subclinical endometritis is limited in Nelore (B. indicus) cows as early as 28 d after calving. Therefore, we hypothesized that Nelore cows can receive an FTAI protocol early as 20 postpartum (DPP) and still experience satisfactory reproductive results. This experiment evaluated pregnancy rates in 5,258 Nelore cows (n = 1,703 primiparous and 3,555 multiparous) according to DPP at initiation of the FTAI protocol. Cow body condition score (BCS) was recorded at FTAI, and pregnancy diagnosis performed ~30 d after FTAI. Cows were ranked within parity by DPP at initiation of the FTAI protocol, and classified according to 5-d intervals (e.g., ≤ 15 DPP, 16-20 DPP, 21-26 DPP, until cows with ≥ 76 DPP). Data were analyzed within parity and with cow as experimental unit, using orthogonal polynomial contrasts (linear, quadratic, or cubic) generated using mean DPP of each DPP class. In both parities, cow BCS at FTAI decreased linearly (P ≤ 0.01) with the advance of DPP (e.g., 4.79, 4.00, and 3.73 in primiparous, and 4.95, 3.70, and 3.23 in multiparous cows classified as ≤ 15 DPP, 36-40 DPP, ≥ 76 DPP, respectively). Pregnancy rate to FTAI was affected quadratically (P < 0.01) by DPP for both parities. In primiparous cows, pregnancy rate increased until 36-40 DPP (~60%), remained near this level until 51-60 DPP and then decreased with xi the advance of DPP, whereas cows classified as 21-25 DPP expressed satisfactory results (~42%). In multiparous cows, pregnancy rate increased until 46-50 DPP (~70%), remained near this level until 56-60 DPP and then decreased with the advance of DPP, whereas cows classified as 21-25 DPP also expressed satisfactory results (~63%). Collectively, primiparous and multiparous Nelore cows evaluated herein experienced optimal pregnancy rates when the FTAI protocol was initiated within 30 to 60 DPP, although reasonable outcomes were observed when the FTAI protocol was initiated as early as 21 DPP. Hence, the interval between calving and initiation of the FTAI protocol can be shortened by 10 d in Nelore females and still yield acceptable pregnancy rates, which can be of great value to cows that calve immediately prior or during the annual breeding season.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados