O Trágico na fase inicial de Nietzsche
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Data
2021-03-19
Autores
Orientador
Barros, Márcio Benchimol
Coorientador
Pós-graduação
Filosofia - FFC
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
O trágico em Nietzsche aparece como a afirmação da vida de forma plena e completa, é sua aceitação com todos os aspectos bons e ruins que fazem parte dela. A sabedoria trágica está contida no teatro trágico grego. Apolo e Dionísio são dois impulsos da natureza contrários, porém, complementares, que se unem de forma harmônica e dão origem à Tragédia grega. Apolo é o deus da poesia, da medida, da retidão, dos sonhos e das imagens. Dionísio é o deus da música, do vinho, da desmesura, da embriaguez. O principal elemento dionisíaco, a música, se une ao apolíneo da imagem e da poesia no teatro, há a quebra do princípio de individuação e o homem é capaz de atingir o Uno-primordial. Este se caracteriza como o elemento comum e fundamental de vida presente em cada ser. Nietzsche considera-se um filósofo trágico, porém não foi o primeiro a tratar sobre o assunto. Muitos antes dele o fizeram, como Winckelmann, Schopenhauer, Schiller e Goethe. Na Tragédia grega, a expressão artística reafirma a vida principalmente por meio da música e das histórias dos heróis que enfrentavam grandes dificuldades e serviam de inspiração para que o grego lidasse com seus infortúnios da vida. O grego era um povo que afirmava tanto a vida, que não aceitavam que ela acabasse com a morte do corpo, eles desejavam que ela continuasse na lembrança das pessoas por meio de histórias de seus grandes feitos. A filosofia pré-socrática, tratada pelo autor como a filosofia trágica, se fundamentava em procurar respostas para questões do mundo fazendo uso do instinto e da imaginação e não somente da racionalidade lógica que se instaura com Parmênides e se concretiza e potencializa com Sócrates. A racionalidade socrática terá sérias consequências, tendo a morte da Tragédia grega como uma delas.
Resumo (inglês)
The tragic in Nietzsche appears as a full and complete affirmation of life, it is its acceptance with all the good aspects and ruins that are part of it. Tragic wisdom is contained in the Greek tragic theater. Apollo and Dionysus are two impulses of nature that are contrary, yet complementary, that unite in a harmonious way and give rise to the Greek tragedy. Apollo is the god of poetry, measurement, straightness, dreams and images. Dionysus is the god of music, of wine, of immoderation, of drunkenness. The main Dionysian element, music, joins the Apollonian of image and poetry in theater, there is a breach of the principle of individuation and man is able to achieve the One primordial. This is characterized as the common and fundamental element of life present in each being. Nietzsche considers himself a tragic philosopher, but he was not the first to deal with the subject. Many before him did so, such as Winckelmann, Schopenhauer, Schiller and Goethe. In Greek tragedy, artistic expression reaffirms life mainly through music and the stories of heroes who faced great difficulties and served as an inspiration for the Greek to deal with his life's misfortunes. The Greek people affirmed life so much that they did not accept that it would end the death of the body, they wanted it to remain in people's memory through stories of their great deeds. Pre-Socratic philosophy, treated by the author as tragic philosophy, was based on looking for answers to questions of the world using instinct and imagination and not just the logical rationality that is established with Parmenides and materializes and strengthens with Socrates. Socratic rationality will have serious consequences, with the death of the Greek tragedy as one of them.
Descrição
Idioma
Português