Sintomas depressivos na gestação e a via de parto: estudo em um município do interior paulista
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Data
2019-03-26
Autores
Orientador
Jamas, Milena Temer
Coorientador
Carvalhaes, Maria Antonieta de Barros Leite
Pós-graduação
Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Faculdade de Medicina - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de residência
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
Introdução: Uma em cada quatro grávidas de países em desenvolvimento apresenta sintomas depressivos suficientes para considerá-las em alto risco para depressão, condição que pode levar a graves consequências maternas e para o desenvolvimento fetal, até mesmo durante o trabalho de parto. Sabe-se que parto operatório está associado à depressão pós-parto, mas estudos avaliando a presença de sintomas depressivos durante a gestação e sua relação com o tipo de parto ainda são escassos e contraditórios. Objetivo: Avaliar a associação entre sintomas depressivos na gestação e a via de nascimentoem gestantes que realizam pré-natal na atenção primária à saúde. Métodos: Os dados são provenientes de um estudo de uma coorte prospectiva, realizado em Botucatu, SP. Foram incluídas na linha de base gestantes de qualquer idade gestacional matriculadas no pré-natal nas unidades básicas de saúde da cidade. Logo após o recrutamento, para avaliação dos sintomas depressivos foi aplicada a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo, também validada para ser aplicada com gestantes; o ponto de corte utilizado para o rastreamento positivo de sintomas depressivos foi ≥13. Foram também aplicados questionário sócio demográfico através de entrevista telefônica e coleta de dados no prontuário eletrônico na Maternidade do Hospital das Clinicas e no Hospital Estadual de Botucatu. A associação entre os fatores de interesse e sintomas depressivos foi investigada por meio de regressão logística. Resultados: Das 308 gestantes estudadas, 84% tinham entre 19 e 34 anos, 63,5% não tiveram a gestação planejada e 51% eram brancas. Apresentaram escores positivo de risco de depressão 28% das gestantes. Não houve associação direta entre presença de sintomas depressivos e aumento de parto cesárea. Entretanto, o fato de ser primigesta, estar preocupada com a gestação, ter ficado hospitalizada e a via de parto desejada foram diretamente associados a via de parto. Conclusão: A aplicação do questionário de Edimburgo para avaliação de sintomas depressivos durante a gestação demonstrou resultados que trouxeram demandas, muitas vezes, desconhecidas pelos serviços de saúde em sua rotina classificando-as com aumento do risco de morbidade (como é o caso do parto cesárea). Essa triagem possibilita diagnóstico de saúde para intervenções precoces no pré-natal e, posteriormente, para seguimento no puerpério.
Resumo (inglês)
Introduction: One in four pregnant women in developing countries has enough depressive symptoms to consider them at high risk for depression, a condition that can lead to serious maternal and fetal consequences, even during labor. It is known that operative delivery is associated with postpartum depression, but studies evaluating the presence of depressive symptoms during pregnancy and its relation to the type of delivery are still scarce and contradictory. Objective: To evaluate the association between depressive symptoms during pregnancy and the birth route in pregnant women who perform prenatal care in primary health care. Methods: Data are from a prospective cohort study, conducted in Botucatu, SP. Pregnant women of any gestational age enrolled in prenatal care at the basic health units of the city were included in the baseline. Soon after the recruitment, the Edinburgh Postnatal Depression Scale, also validated to be applied with pregnant women, was applied for the evaluation of depressive symptoms; the cut-off point used for positive screening for depressive symptoms was ≥13. A socio-demographic questionnaire was also applied through a telephone interview and data collection in the electronic medical record at the Maternity Hospital of the Clinics and the State Hospital of Botucatu. The association between the factors of interest and depressive symptoms was investigated through logistic regression. Results: Of the 308 pregnant women studied, 84% were between 19 and 34 years of age, 63.5% did not have planned gestation and 51% were white. Positive scores of risk of depression presented 28% of pregnant women. There was no direct association between the presence of depressive symptoms and an increase in cesarean delivery. However, the fact that she was primitive, concerned about gestation, hospitalized, and the desired route of delivery were directly associated with the delivery route. Conclusion: The application of the Edinburgh questionnaire for the evaluation of depressive symptoms during gestation showed results that have brought demands that are often unknown by the health services in their routine, classifying them as an increased risk of morbidity (such as cesarean delivery). This screening allows health diagnosis for early prenatal interventions and, later, for follow-up in the puerperium.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Inglês