Social support and family functioning after treatment of head and neck squamous cell carcinoma

Abstract

Blackground: Social support deficit can negatively impact cancer patients' quality of life and clinical outcomes. However, little is known about the predictive factors for social support deficit after head and neck cancer treatment. This study aimed to characterize the profile of the perception of receiving social support and family functionality in patients treated for head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) and to identify pre-treatment predictors. Methods: 109 patients treated for HNSCC were assessed for the perception of social support received and family functioning through MOS-SSS and APGAR questionnaires. Results: 34.9% of HNSCC patients had partial levels of global social support, while 29.3% reported some level of family dysfunction. Patients treated for oropharyngeal cancer had lower score for tangible social support than patients with oral and laryngeal cancer (p=0.042). Patients with a history of severe alcohol consumption before cancer treatment had lower levels of global social support (OR = 11.494, p = 0.009) and affective support (OR = 10.309, p = 0.011) after cancer treatment. Not being married (OR = 3.157, p = 0.048) and being an active alcoholic (OR = 6., p = 0.039) before treatment were predictors of family dysfunction after HNSCC treatment. Conclusion: Sociodemographic, clinicopathological and biobehavioral characteristics before treatment predict the perception of social support and family functionality in patients treated for HNSCC and should be considered by the interdisciplinary team responsible for cancer treatment.

Introdução: O déficit de apoio social pode impactar negativamente a qualidade de vida e os resultados clínicos dos pacientes com câncer. Entretanto, pouco se sabe sobre os fatores preditivos do déficit de apoio social após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil da percepção de recebimento de apoio social e funcionalidade familiar em pacientes tratados de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP) e identificar preditores pré-tratamento. Métodos: 109 pacientes tratados por CECP foram avaliados quanto à percepção do suporte social recebido e do funcionamento familiar por meio dos questionários MOS-SSS e APGAR. Resultados: 34,9% dos pacientes com CECP apresentavam níveis parciais de suporte social global, enquanto 29,3% relataram algum nível de disfunção familiar. Pacientes tratados para câncer de orofaringe tiveram pontuação menor para suporte social tangível do que pacientes com câncer de boca e laringe (p=0,042). Pacientes com histórico de consumo grave de álcool antes do tratamento do câncer apresentaram níveis mais baixos de suporte social global (OR = 11,494, p = 0,009) e suporte afetivo (OR = 10,309, p = 0,011) após o tratamento do câncer. Não ser casado (OR = 3,157, p = 0,048) e ser alcoólatra ativo (OR = 6,410 p = 0,039) antes do tratamento foram preditores de disfunção familiar após o tratamento do CEC de cabeça e pescoço. Conclusão: Características sociodemográficas, clinicopatológicas e biocomportamentais pré-tratamento predizem a percepção de suporte social e funcionalidade familiar em pacientes tratados para CECP e devem ser consideradas pela equipe interdisciplinar responsável pelo tratamento oncológico.