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Revolução passiva no leste asiático pós-guerra: a relação Japão-Coreia sob uma abordagem gramsciana

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Data

2024-12-10

Orientador

Passos, Rodrigo Duarte Fernandes dos

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Marília - FFC - Relações Internacionais

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O presente trabalho analisa as dinâmicas históricas que moldaram as relações entre Japão e República da Coreia no pós-guerra, aplicando a chave gramsciana de hegemonia enquanto revolução passiva para examinar o impacto da tradução da hegemonia estadunidense sobre o processo de modernização conservadora em ambos os países. Com base na leitura inicial de Kevin Gray, argumenta-se que a intervenção dos EUA a partir de 1945 desencadeou um processo de democratização controlada e repressiva, impedindo uma ruptura completa com o passado colonial e culminando no Tratado de Relações Básicas entre o Japão e a República da Coreia de 1965. Este acordo institucionalizou uma "pacificação formal" das tensões, condicionando assistência financeira à renúncia de reivindicações históricas por parte da Coreia. Ao longo da pesquisa, são exploradas as conjunturas e estruturas que condicionaram e permitiram a assinatura desse tratado, perpassando a supressão dos impulsos revolucionários pela ocupação americana em ambos os países, bem como o período de restauração de determinadas estruturas coloniais e suas complicações e consequências. Outrossim, analisa-se as implicações políticas e econômicas desse tratado, articulando uma elaboração argumentativa sistemática das dimensões domésticas e internacionais das relações Japão-Coreia e integrando elementos teóricos e empíricos para elucidar a complexa dialética de modernização e restauração no Leste Asiático.

Resumo (inglês)

This study analyzes the historical dynamics that shaped Japan-Republic of Korea relations in the post-war period, applying Gramsci's concept of hegemony as "passive revolution" to examine the impact of U.S. hegemonic influence on the process of conservative modernization in both countries. Drawing on Kevin Gray's initial framework, the study argues that U.S. intervention from 1945 onward triggered a controlled and repressive democratization process, hindering a complete rupture from the colonial past and culminating in the signing of the 1965 Treaty on Basic Relations between Japan and the Republic of Korea. This treaty institutionalized a "formal pacification" of tensions, tying financial aid to Korea’s renunciation of historical claims. The research explores the contexts and structures that enabled the treaty’s signing, addressing the suppression of revolutionary impulses under U.S. occupation in both countries, as well as the restoration of certain colonial structures and their resulting complications and consequences. Moreover, it analyzes the political and economic implications of the treaty, articulating a systematic argument on the domestic and international dimensions of Japan-Korea relations, and integrating theoretical and empirical elements to elucidate the complex dialectic of modernization and restoration in East Asia.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

BERGANTIN, Pedro Henrique. Revolução passiva no leste asiático pós-guerra: a relação Japão-Coreia sob uma abordagem gramsciana. 2024. 109 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marília, 2024.

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