As relações Rússia-Ocidente: projeção internacional e autoimagem segundo o Clube Valdai e Vladimir Putin
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Data
2023-03-10
Autores
Orientador
Fuccille, Luis Alexandre
Coorientador
Pós-graduação
Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) - IPPRI
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Este trabalho pretende compreender como, desde o retorno de Vladimir Putin à presidência em 2012, o Estado russo passou por uma reconstrução de identidade em termos de sua autoimagem e sua projeção internacional. Apesar de não ser um momento de ruptura com o período anterior, o ano indicado pode ser compreendido como um marco nas relações com os países ocidentais na medida em que a Era Putin se torna mais nacionalista e conservadora, o que pode ser observado por meio de uma política externa mais incisiva. Partindo de uma definição de identidade que considera tanto a projeção internacional quanto a autopercepção como elementos basilares para a formação do Eu Estatal, procuramos observar como tais elementos se comportaram no período de 2012 a 2020. Para tanto, analisamos o Clube Valdai de Discussão Internacional como um ator responsável por projetar os interesses e as visões de mundo da Rússia entre seus pares no sistema internacional – sobretudo entre a classe acadêmica – e Vladimir Putin como o principal formulador da autoimagem do Kremlin enquanto uma grande potência. Entretanto, a identidade é sempre construída de forma relacional entre os atores e, com isso, torna-se igualmente dependente das percepções do Outro sobre o Eu que se pretende projetar. Considerando o dilema histórico vivido pela Rússia em relação ao Ocidente, variando entre momentos de maior mimetização dos costumes, valores e instituições, e momentos de afirmação da soberania e da cultura russas, optamos por concentrar a presente análise da identidade russa em relação ao bloco abstrato que denominamos Ocidente.
Resumo (português)
This work intends to understand how, since the return of Vladimir Putin to the presidency in 2012, the Russian State has undergone a reconstruction of identity in terms of its self-image and its international projection. Despite not being a moment of rupture with the previous period, the indicated year can be understood as a milestone in relations with Western countries as the Putin Era becomes more nationalist and conservative, which can be observed through a more incisive foreign policy. Starting from a definition of identity that considers both international projection and self-perception as basic elements for the formation of the State Self, we seek to observe how such elements behaved in the period from 2012 to 2020. For that, we analyze the Clube Valdai de Discussão Internacional as an actor responsible for projecting Russia's interests and worldviews among its peers in the international system – above all among the academic class – and Vladimir Putin as the main formulator of the Kremlin's self-image as a great power. However, identity is always built in a relational way between the actors and, therefore, it becomes equally dependent on the perceptions of the Other about the Self that is intended to be projected. Considering the historical dilemma experienced by Russia in relation to the West, varying between moments of greater mimicry of customs, values and institutions, and moments of affirmation of Russian sovereignty and culture, we chose to focus the present analysis of Russian identity in relation to the abstract bloc what we call the West.
Resumo (português)
Este trabajo pretende comprender cómo, desde el retorno de Vladimir Putin a la presidencia en 2012, el Estado ruso ha experimentado una reconstrucción de identidad en cuanto a su autoimagen y su proyección internacional. A pesar de no ser un momento de ruptura con el período anterior, el año señalado puede entenderse como un hito en las relaciones con los países occidentales a medida que la Era Putin se vuelve más nacionalista y conservadora, lo que se puede observar a través de una política exterior más incisiva. Partiendo de una definición de identidad que considera tanto la proyección internacional como la autopercepción como elementos básicos para la formación del Yo Estatal, buscamos observar cómo se comportaron tales elementos en el período de 2012 a 2020. Para ello, analizamos el Clube Valdai de Discussão Internacional como actor responsable de proyectar los intereses y cosmovisiones de Rusia entre sus pares del sistema internacional -sobre todo entre la clase académica- y Vladimir Putin como principal formulador de la autoimagen del Kremlin como gran potencia. Sin embargo, la identidad siempre se construye de forma relacional entre los actores y, por tanto, se vuelve igualmente dependiente de las percepciones del Otro sobre el Yo que se pretende proyectar. Considerando el dilema histórico vivido por Rusia en relación con Occidente, oscilando entre momentos de mayor mimetismo de costumbres, valores e instituciones, y momentos de afirmación de la soberanía y cultura rusas, optamos por centrar el presente análisis de la identidad rusa en relación al bloque abstracto lo que llamamos Occidente.
Resumo (português)
Эта работа призвана понять, как с момента возвращения Владимира Путина на пост президента в 2012 году российское государство претерпело реконструкцию идентичности с точки зрения своего образа самого себя и своей международной проекции. Несмотря на то, что указанный год не является моментом разрыва с предыдущим периодом, его можно понимать как веху в отношениях с западными странами, поскольку эпоха Путина становится более националистической и консервативной, что можно наблюдать через более острую внешнюю политику. Исходя из определения идентичности, рассматривающего как интернациональную проекцию, так и самовосприятие как базовые элементы формирования государственного Я, мы стремимся проследить, как эти элементы вели себя в период с 2012 по 2020 годы. Для этого мы анализируем Клуб «Валдай». de Discussão Internacional как актор, ответственный за проецирование интересов и мировоззрения России среди ее коллег в международной системе, прежде всего среди академического класса, и Владимир Путин как главный формировщик представления Кремля о себе как о великой державе. Однако идентичность всегда строится в отношениях между акторами и, следовательно, становится в равной степени зависимой от представлений Другого о Себе, которое предназначено для проецирования. Принимая во внимание историческую дилемму, с которой столкнулась Россия по отношению к Западу, варьируя между моментами большей мимикрии обычаев, ценностей и институтов и моментами утверждения российского суверенитета и культуры, мы решили сфокусировать настоящий анализ российской идентичности на отношениях к абстрактному блоку, который мы называем Западом.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português