Evolução e Vitalismo: sobre a leitura de Bergson e Canguilhem e possíveis consequências para o ensino

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Data

2022-03-23

Orientador

Carneiro, Marcelo Carbone

Coorientador

Pós-graduação

Educação para a Ciência - FC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Esta pesquisa tem como objetivo dissertar sobre o conceito de vitalismo na história da biologia a partir de uma perspectiva científica e filosófica, por meio de uma pesquisa teórica de referenciais, em português constituídos, predominantemente, por dados secundários no que tange o plano científico e por dados primários em relação ao plano filosófico. Além disso, também buscamos realizar uma transposição didática dos nossos resultados por meio da produção de um texto didático, que serve, por sua vez, como uma introdução sintética ao tema do vitalismo para licenciandos em Biologia e estudantes de nível básico. No plano científico de nossa investigação sobre o vitalismo, investigamos suas dimensões gerais, principalmente, a partir de fisiologistas franceses como Bordeu, Barthez e Bichat que viveram e produziram suas pesquisas ao longo dos séculos XVII e XVIII. No que diz respeito ao âmbito filosófico, no qual o vitalismo também possui contornos, nos direcionamos para dois proeminentes filósofos do século XX, os franceses Henri Bergson e Georges Canguilhem. Em Bergson, dedicamos nossas reflexões à sua principal obra “A Evolução Criadora”, na qual, o autor irá postular sua interpretação filosófica sobre a evolução dos seres vivos a partir de uma perspectiva vitalista, perspectiva essa que é expressa pela sua crítica ao mecanicismo e ao finalismo, assim como na apresentação de conceitos fundamentais como os de duração, tendências evolutivas, torpor vegetativo, instinto, inteligência e élan vital. Em Canguilhem, refletimos sobre o seu conceito de normatividade vital, conceito que pode expressar também sua concepção vitalista. Além disso, nos aproveitamos do conceito de Ideologia Científica do autor, para realizarmos uma breve análise sobre o evolucionismo vitalista bergsoniano. Assim, sintetizando os resultados teóricos da pesquisa e transpondo-os para o plano do ensino, produzimos o texto didático de título “Vitalismo: Um tema que atravessa Ciência e Filosofia”. Concluímos que nossa pesquisa sobre o vitalismo colabora para entendê-lo como uma chave de discussão enriquecedora de vários temas da biologia, não apenas no plano científico, mas também filosófico, que podem ser trabalhados tanto na formação de professores como no Ensino Básico em variados temas como pré-formação, características dos seres vivos, constituição da biologia como ciência autônoma, determinismo, saúde, fisiologia, evolução, entre outros.

Resumo (inglês)

This research aims to discuss the concept of vitalism in the history of biology from a scientific and philosophical perspective, and that, through a theoretical research of references, in Portuguese, predominantly constituted by secondary data regarding the plane scientific and by primary data in relation to the philosophical plane. In addition, we also seek to carry out a didactic transposition of our results through the production of a didactic text, which serves, in turn, as a synthetic introduction to the theme of vitalism for Biology undergraduates and basic level students. On the scientific level of our investigation on vitalism, we investigated its general dimensions, mainly from French physiologists such as Bordeu, Barthez and Bichat who lived and produced their research throughout the 17th and 18th centuries. Regarding the philosophical scope, in which vitalism also has contours, we turn to two prominent philosophers of the 20th century, the French Henri Bergson and Georges Canguilhem. In Bergson, we dedicate our reflections to his main work “Creative Evolution”, in which the author will postulate his philosophical interpretation on the evolution of living beings from a vitalist perspective, a perspective that is expressed by his criticism of mechanism and to finalism, as well as in the presentation of fundamental concepts such as duration, evolutionary tendencies, vegetative torpor, instinct, intelligence and élan vital. In Canguilhem we reflect on his concept of vital normativity, a concept that can also express his vitalist conception. In addition, we took advantage of the author's concept of Scientific Ideology to carry out a brief analysis of Bergson's vitalist evolutionism. Thus, synthesizing the theoretical results of the research and transposing them to the teaching plan, we produced the didactic text entitled “Vitalism: A theme that crosses Science and Philosophy”. We conclude that our research on vitalism contributes to understanding it as a key to enriching discussion of various topics in biology, not only on a scientific but also on a philosophical level, which can be worked both in teacher training and in basic education in various topics. such as pre-formation, characteristics of living beings, constitution of biology as an autonomous science, determinism, health, physiology, evolution, among others.

Descrição

Idioma

Português

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