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Efeito da temperatura de incubação no metabolismo, termorregulação e quimiossensibilidade de frangos

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Data

2020-11-16

Orientador

Batalhão, Luciane Helena Gargaglioni

Coorientador

Pós-graduação

Zootecnia - FCAV

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

O primeiro terço da incubação é determinante para o desenvolvimento embrionário, sendo que a temperatura é considerada um dos fatores mais importantes, pois pequenas flutuações deste parâmetro podem afetar a qualidade e a taxa de sobrevivência dos embriões. Desta forma, objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da manipulação térmica durante a incubação sobre o consumo de oxigênio, temperatura corporal, respostas ventilatórias à hipóxia e hipercapnia em pintainhos machos e fêmeas de 3 e 14 dias de idade (d). Foram incubados ovos férteis de matrizes da linhagem Cobb®, classificados de acordo com o peso, provenientes de matrizes com idade entre 48 a 52 semanas, procedentes de incubatório comercial, de acordo com os seguintes tratamentos: Controle (Control) - ovos incubados a 37,5ºC (durante todo o período incubatório); Frio (Cold) - ovos incubados a 36ºC (6 horas/ dia, por 5 dias); Quente (Hot) - ovos incubados a 39ºC (6 horas/ dia, por 5 dias). Após os 5 primeiros dias de incubação, os ovos dos tratamentos Frio e Quente permaneceram em temperatura de 37,5ºC até a eclosão. Após a eclosão os animais foram sexados e os seguintes parâmetros foram avaliados: massa do pulmão e coração; temperatura corporal; consumo de O2 e ventilação em condições basais, e após a exposição à hipóxia (10%O2) ou à hipercapnia (7%CO2). Os dados foram avaliados quanto ao atendimento das pressuposições de homogeneidade das variâncias e normalidade dos erros estudentizados e submetidos à análise de variância de duas vias e em caso de diferença significativa, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A massa corpórea dos animais incubados a 36ºC, em ambas idades, foi maior comparada aos grupos quente (machos e fêmeas) e controle (exceto os machos 3d). A temperatura de incubação não influenciou no peso do coração dos animais 3d (p>0,05). No entanto, animais 14d incubados a 39ºC apresentaram o peso do coração superior aos animais do grupo controle. Não houve diferença significativa no peso dos pulmões, em ambas as idades e sexo. Não houve diferença significativa entre os tratamentos na V ̇E, V ̇O2 e V ̇E / V ̇O2 dos animais 3d, durante a exposição ao ar ambiente. No entanto, fêmeas 14d incubadas a 39ºC apresentaram uma diminuição de V ̇E. Ambos machos e fêmeas 14d incubados a 39ºC apresentaram menor V ̇O2 e um aumento na Tb comparados ao grupo controle. Além disso, fêmeas 14d incubadas a 36ºC apresentaram menor Tb comparadas aos animais incubados a 37,5 e 39ºC. Sob exposição ao CO2, a resposta hiperventilatória (V ̇E / V ̇O2) foi atenuada nas fêmeas 3d e machos 14d incubados a 36ºC e nos machos e fêmeas 14d incubadas a 39ºC, principalmente afetando V ̇E. Frente à hipóxia, fêmeas 3d incubadas a 36ºC apresentaram uma hiperventilação atenuada modulada por uma menor resposta hipometabólica, comparadas ao grupo controle. No entanto, em fêmeas 14d incubadas a 36ºC, o aumento de V ̇E sob hipóxia foi maior e a resposta hipometabólica foi atenuada em comparação com o grupo controle, o que resultou em nenhuma alteração no equivalente ventilatório. Não houve efeito do tratamento na Tb dos animais machos e fêmeas 3d, frente hipercapnia e hipóxia. No entanto, fêmeas 14d incubadas a 36ºC apresentaram uma queda atenuada na Tb comparada ao grupo controle (7% CO2) e grupos controle e quente (10% O2). Com relação a Tb dos machos 14d, o único efeito do tratamento foi observado frente hipóxia, onde machos 14d apresentaram uma queda acentuada comparada ao grupo controle. Em conclusão, a manipulação térmica afeta mais a hiperventilação induzida pela hipercapnia comparado ao desafio hipóxico. Em ambas idades, as fêmeas são mais afetadas pela manipulação térmica do que os machos.

Resumo (inglês)

The first third of the incubation is crucial for embryonic development, and temperature is considered one of the most important factors, as small fluctuations in this parameter can affect the quality and survival rate of embryos. Thus, the aim of the present study was to evaluate the effects of thermal manipulation during incubation on oxygen consumption, body temperature, ventilatory responses to hypoxia and hypercapnia in male and female chicks aged 3 and 14 days old (d). Fertile eggs from breeders of the Cobb® line, incubated according to weight, from breeders aged 48 to 52 weeks, from a commercial hatchery, were incubated, according to the following treatments: Control - eggs incubated at 37.5 ºC (during the entire incubation period); Cold - eggs incubated at 36ºC (6 hours/ day, for 5 days); Hot - eggs incubated at 39ºC (6 hours/ day, for 5 days). After the first 5 days of incubation, the eggs of the Cold and Hot treatments remained at a temperature of 37.5ºC until hatching. After hatching, the animals were sexed and the following parameters were evaluated: lung and heart weight; body temperature; consumption of O2 and ventilation in baseline conditions, and after exposure to hypoxia (10% O2) or hypercapnia (7% CO2). The data were evaluated for compliance with the assumptions of homogeneity of variances and normality of the student errors and submitted to the Two-way ANOVA analysis and in case of significant difference, the means were compared using the Tukey test at 5% probability. The body mass of the animals incubated at 36ºC, in both ages, was higher compared to the hot groups (males and females) and control groups (except the 3d males). The incubation temperature did not influence the heart weight of the 3d animals (p>0.05). However, 14d animals incubated at 39ºC had a higher heart weight than animals in the control group. There was no significant difference in lung weight at both ages and sex. There was no significant difference between treatments in the V̇E, V̇O2 and V̇E/ V̇O2 of the 3d animals, during exposure to ambient air. However, 14d females incubated at 39ºC showed a decrease in V̇E. Both 14d males and females incubated at 39ºC showed lower V̇O2 and an increase in Tb compared to the control group. In addition, the 14d females incubated at 36ºC showed lower Tb compared to animals incubated at 37.5 and 39ºC. Under exposure to CO2, the hyperventilatory response (V̇E/ V̇O2) was attenuated in the 3d females and 14d males incubated at 36ºC and in the 14d males and females incubated at 39ºC, mainly affecting V̇E. Facing hypoxia, the 3d females showed an attenuated hyperventilation modulated by a lower hypometabolic response, compared to the control group. However, in 14d females incubated at 36ºC, the increase in V̇E under hypoxia was greater and the hypometabolic response was attenuated VI compared to the control group, which resulted in no change in the ventilatory equivalent. No effect of the treatment was observed in 3d male and female animals Tb, during hypercapnia and hypoxia. However, 14d females incubated at 36ºC showed an attenuated drop in Tb compared to the control group (7% CO2 and 10% O2) and hot group (10% O2). Regarding 14d males, the only significant difference was observed during hypoxia, where males incubated at 39ºC showed a sharp drop in Tb compared to the control group. In conclusion, thermal manipulation affects hypercapnia-induced hyperventilation more than hypoxic challenge. At both ages, females are more affected by thermal manipulation than males.

Descrição

Idioma

Português

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