Dinâmica da prevalência de patógenos causadores de mastite em propriedades leiteiras brasileiras de 2012 a 2020 e associação com ano e estação de ano

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2023-07-14

Orientador

Santos, José Eduardo Portela

Coorientador

Pós-graduação

Zootecnia - FMVZ 33004064048P2

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Os objetivos foram determinar o perfil e a prevalência de patógenos contagiosos e ambientais causadores de mastite em amostras de leite de vacas com mastite clínica ou subclínica, ou de programas de monitoramento sanitário do úbere submetidas a um laboratório de diagnóstico comercial ao longo de 9 anos. Este estudo longitudinal observacional analisou o perfil microbiológico de 717.168 resultados microbiológicos de 3.793 fazendas leiteiras de 2012 a 2020. Análises subsequentes foram realizadas em um subconjunto de dados de 204.461 resultados microbiológicos de 12 fazendas que submeteram amostras em todos os 9 anos. Amostras de leite originaram-se de quartos individuais ou amostras compostas. Um resultado de crescimento foi definido quando 3 ou mais colônias de 1 a 3 microrganismos diferentes estavam presentes no meio de cultura, exceto para Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae em que uma colônia foi considerada crescimento. Um resultado contaminado foi definido quando uma ou mais colônias de 4 ou mais microorganismos diferentes estavam presentes no meio de cultura. Nas amostras das 3.793 fazendas, a prevalência de patógenos causadores de mastite contagiosa foi de 28,7% em 2012 e 26,6% em 2020, com o verão tendo a maior prevalência, 27,6%. A prevalência de patógenos ambientais causadores de mastite foi de aproximadamente 26,0% em 2012 e 2020, sendo o outono e a primavera os de maior prevalência, 27,5%. A prevalência de Staphylococcus aureus não diferiu entre 2012 e 2020, 10,9% e 10,3%, respectivamente, e a estação do ano esteve associada à prevalência. A prevalência de Streptococcus agalactiae diminuiu de 7,19% em 2012 para 3,54% em 2020, e o inverno teve a maior prevalência, 7,73%, em comparação com outono, primavera ou verão. Os patógenos causadores de mastite mais prevalentes foram estafilococos não-aureus (SNA), Staphylococcus chromogenes, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Corynebacterium bovis, Klebsiella spp, Streptococcus uberis, Escherichia coli, Streptococcus dysgalactiae e Pseudomonas spp. As 12 fazendas que submeteram amostras de leite em todos os 9 anos mostraram uma diminuição na prevalência de patógenos causadores de mastite contagiosa de 15,1% em 2012 para 8,02% em 2020. De fato, a prevalência de S. agalactiae diminuiu de 5,66% em 2013 para 0,21% em 2020. Similarmente, a prevalência de patógenos ambientais causadores de mastite diminuiu de 38,2% em 2012 para 25,1% em 2020, com o verão apresentando a maior prevalência, 34,5%. No Brasil, foi observada uma pequena redução gradual na prevalência de patógenos contagiosos causadores de mastite, mas não foi observada uma mudança no perfil de patógenos contagiosos para patógenos ambientais nas 3.793 fazendas. Por outro lado, o subconjunto de fazendas comprometidas com a identificação de patógenos causadores de mastite reduziu a prevalência de S. agalactiae e mostrou uma mudança no perfil de patógenos contagiosos em relação aos patógenos causadores de mastite ambientais. Produtores comprometidos com a identificação de patógenos causadores de mastite provavelmente implementarão medidas específicas de controle para reduzir a prevalência de bactérias contagiosas que causam mastite.

Resumo (inglês)

Objectives were to determine the profile and prevalence of contagious and environmental mastitis-causing pathogens in milk samples from cows experiencing clinical or subclinical mastitis, or from udder health monitoring programs submitted to a commercial diagnostic laboratory over a period of 9 years. This observational longitudinal study analyzed the microbiological profile from 717,168 milk samples from 3,793 dairy farms from 2012 to 2020. Further analyses were performed in a subset of 204,461 microbiological results of 12 farms that submitted samples in all 9 years. Milk samples originated from individual quarters or composite samples. A growth result was defined when 3 or more colonies from 1 to 3 different pathogens were present in culture media, except for Staphylococcus aureus and Streptococcus agalactiae which 1 colony was defined as growth. A contaminated result was defined when 1 or more colonies from 4 or more microorganisms were present in culture media. In samples from the 3,793 farms, the prevalence of contagious mastitis-causing pathogens was 28.7% in 2012 and 26.6% in 2020, with summer having the greatest prevalence, 27.6%. The prevalence of environmental mastitis-causing pathogens was approximately 26.0% in 2012 and 2020, and fall and spring seasons had the greatest prevalence, 27.5%. The prevalence of S. aureus did not differ between 2012 and 2020, 10.9% and 10.3%, respectively, but season was associated with the prevalence. The prevalence of S. agalactiae decreased from 7.19% in 2012 to 3.54% in 2020, and winter had the greatest prevalence, 7.73%, compared with fall, spring, or summer. The most prevalent mastitis-causing pathogens were non-aureus staphylococci (NAS), Staphylococcus chromogenes, S. aureus, S. agalactiae, Corynebacterium bovis, Klebsiella spp, Streptococcus uberis, Escherichia coli, Streptococcus dysgalactiae, and Pseudomonas spp. The 12 farms that submitted milk samples in all 9 years had a reduction in the prevalence of contagious mastitis-causing pathogens from 15.1% in 2012 to 8.02% in 2020. Indeed, the prevalence of S. agalactiae decreased from 5.66% in 2013 to 0.21% in 2020. Similarly, the prevalence of environmental mastitis-causing pathogens in milk samples decreased from 38.2% in 2012 to 25.1% in 2020, with summer presenting the greatest prevalence, 34.5%. A small gradual reduction in the prevalence of contagious mastitis-causing pathogens was observed in dairy farms in Brazil, but a change in the profile from contagious to environmental pathogens was not detected in the 3,793 farms. Conversely, the subset of farms committed to the identification of mastitis-causing pathogens had a reduction in the prevalence of S. agalactiae and experienced a change in the profile towards environmental mastitis-causing pathogens. Producers committed to the identification of mastitis-causing pathogens are likely to implement specific control measures to reduce the prevalence of contagious bacteria that cause mastitis.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados