Estudo populacional do cromossomo B no gafanhoto Abracris flavolineata: frequência e composição molecular

Abstract

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Elementos adicionais e parasitas conhecidos como cromossomos B tem sido descrito em aproximadamente 15% das espécies eucarióticas. Eles possuem características primárias que definem sua origem, composição, meios de acumulação e evolução, como por exemplo, os modos irregulares de herança, incapacidade de pareamento com os cromossomos do complemento A durante a meiose e acumulação de distintos DNAs repetitivos. Neste trabalho, analisamos a frequência e possível presença de cromossomo B e sua composição molecular, através de técnicas como Banda-C e mapeamento por Hibridização in situ Fluorescente (FISH), em diferentes populações do gafanhoto Abracris flavolineata. As distintas populações analisadas revelaram ocorrência de um cromossomo B, exceto em Sta. Bárbara/PA. Nenhuma das populações apresentou indivíduos com dois cromossomos B, como relatado em Rio Claro/SP, sugerindo diferenças de acumulação e transmissão. As análises por Banda-C mostraram regiões com padrão C-positivo para a população da Argentina, indicando a natureza heterocromática do seu cromossomo B. As demais populações revelaram um padrão Cnegativo para o B, similar a população de Rio Claro/SP, indicando uma aproximação de composição deste elemento nessas populações. O mapeamento por FISH revelou compartilhamento de sinal do gene U2 snDNA entre o cromossomo B e o maior par autossômico, com exceção da Argentina, reforçando a possível origem deste elemento a partir do par 1 do complemento A. O elemento trasnponível Afl_Jockey-5 mostrou um sutil sinal proximal no B da Argentina, enquanto para as outras populações, apresentou blocos em ambas extremidades dos braços. O Afl_Gypsy-12 mostrou sinal nas regiões eucromáticas do B das distintas populações, exceto na Argentina. O DNA satélite AflSat_1 revelou sinal por todo cromossomo B das distintas populações. O AflSat_134 apresentou padrão de blocos centromérico e telomérico...