Neoliberalismo, psicologia e arte contemporânea: as potências do fracasso

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2024-04-25

Orientador

Galindo, Dolores Cristina Gomes

Coorientador

Lemos, Flávia Cristina Silveira

Pós-graduação

Psicologia - FCLAS 33004048021P6

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A racionalidade neoliberal, conforme a definiu Foucault (2010), cria dispositivos que propõem que os sujeitos estabeleçam uma relação consigo mesmos na qual a sua ética deve ser entrelaçada com a ética da empresa. É somente através do entrelaçamento entre a força produtiva do sujeito, não somente por coerção, mas na atualidade através da estimulação, e o aumento do capital das empresas, que o sujeito pode fazer parte do tecido social. Aqueles que não se adequam a essa racionalidade, são tidos como fracassados e são minadas suas possibilidades de ação. Seu fracasso acaba se tornando o esgotamento de suas possibilidades de interferir na realidade. Essa pesquisa se encontra nos entrelaçamentos entre a psicologia e a arte. O objetivo geral da pesquisa foi analisar, utilizando da ferramenta da genealogia foucaultiana, a emergência e a proveniência do neoliberalismo e problematizar a ativação de potências do fracasso instauradas pela arte contemporânea. Para tanto, nos utilizamos de autores como Foucault, Deleuze, Guattari, Dardot e Laval, Safatle, Wendy Brown, Lazzarato, Byung-Chul Han, Silvio Almeida, Suely Rolnik, além de Halberstam, Andrade e outros. Além disso, buscamos analisar genealogicamente obras de arte contemporânea nas quais a experimentação artística coloca em cena as fissuras instaladas pela prática do fracasso enquanto potência inventiva e resistência às lógicas neoliberais, especificamente através dos trabalhos de Tracey Moffatt, Victor de la Roque e John Baldessari.

Resumo (inglês)

The neoliberal rationality, as defined by Foucault (2010), creates mechanisms that propose that individuals establish a relationship with themselves in which their ethics must be intertwined with the ethics of the company. It is only through the intertwining between the productive force of the individual, not only through coercion but currently through stimulation, and the increase in the capital of companies, that the individual can become part of the social fabric. Those who do not conform to this rationality are seen as failures, and their possibilities of action are undermined. Their failure ends up becoming the exhaustion of their possibilities to interfere in reality. This research lies in the interconnections between psychology and art. The general objective of the research was to analyze, using the tool of Foucauldian genealogy, the emergence and provenance of neoliberalism and problematize the activation of powers of failure instilled by contemporary art. To this end, we used authors such as Foucault, Deleuze, Guattari, Dardot and Laval, Safatle, Wendy Brown, Lazzarato, Byung-Chul Han, Silvio Almeida, Suely Rolnik, as well as Halberstam, Andrade, and others. Additionally, we sought to genealogically analyze works of contemporary art in which artistic experimentation brings to light the fissures created by the practice of failure as inventive power and resistance to neoliberal logics, specifically through the works of Tracey Moffatt, Victor de la Roque, and John Baldessari.

Resumo (espanhol)

La racionalidad neoliberal, tal como la definió Foucault (2010), crea dispositivos que proponen que los individuos establezcan una relación consigo mismos en la cual su ética debe estar entrelazada con la ética de la empresa. Es solo a través del entrelazamiento entre la fuerza productiva del individuo, no solo por coerción sino actualmente a través de la estimulación, y el aumento del capital de las empresas, que el individuo puede formar parte del tejido social. Aquellos que no se ajustan a esta racionalidad son vistos como fracasados y se socavan sus posibilidades de acción. Su fracaso termina convirtiéndose en el agotamiento de sus posibilidades de interferir en la realidad. Esta investigación se encuentra en las interconexiones entre la psicología y el arte. El objetivo general de la investigación fue analizar, utilizando la herramienta de la genealogía foucaultiana, la emergencia y procedencia del neoliberalismo y problematizar la activación de las potencias del fracaso instauradas por el arte contemporáneo. Para ello, utilizamos autores como Foucault, Deleuze, Guattari, Dardot y Laval, Safatle, Wendy Brown, Lazzarato, Byung-Chul Han, Silvio Almeida, Suely Rolnik, además de Halberstam, Andrade y otros. Además, buscamos analizar genealógicamente obras de arte contemporáneo en las cuales la experimentación artística pone en escena las fisuras instaladas por la práctica del fracaso como potencia inventiva y resistencia a las lógicas neoliberales, específicamente a través de los trabajos de Tracey Moffatt, Victor de la Roque y John Baldessari.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

MATOS, Igor Gonçalves de. Neoliberalismo, psicologia e arte contemporânea: as potências do fracasso. 2024. 102 p. Dissertação (Mestrado Psicologia) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Assis, 2024.

Itens relacionados

Financiadores