A posição brasileira na política Going Global da China (2000-2018)

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Data

2020-06-17

Orientador

Oliveira, Giuliano Contento de

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) - FFC

Curso de graduação

Título da Revista

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Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A partir dos anos 2000, observou-se significativo processo de internacionalização de empresas chinesas mediante Investimento Estrangeiro Direto (IED), objetivo central da política Going Global elaborada pelo governo chinês. O IED é considerado um investimento produtivo realizado por uma companhia de um país A em um país B, podendo assumir a forma de construção de novas plantas ou fusões e aquisições de empresas já existentes. Tradicionalmente, a maioria dos investimentos é realizada por empresas privadas de países desenvolvidos, tema principal da literatura de Negócios Internacionais. Porém, a partir do início do século XXI, empresas de países do Sul Global avançaram no processo de internacionalização, em especial a China, demonstrando os limites do campo de Negócios Internacionais para explicar adequadamente esse processo. Através da política Going Global, o estado chinês incentiva a internacionalização de suas empresas em setores e regiões consideradas estratégicas para o desenvolvimento econômico do país. No caso do Brasil o IED chinês ganhou força com a crise financeira internacional deflagrada em 2008, sendo o país latino-americano que mais recebeu capital chinês. Deste modo, o objetivo da presente dissertação é analisar a evolução e os principais fatores condicionantes do IED chinês para o Brasil, bem como a posição brasileira na política Going Global da China entre 2000 e 2018. A análise realizada permitiu verificar uma trajetória de expansão do IED chinês na economia brasileira ao longo do período considerado e a importância dos setores ligados a commodities e ao mercado consumidor para o capital chinês destinado ao Brasil. Argumenta-se que o Brasil possui posição estratégica importante na política Going Global da China, embora isso possa, até mesmo, aprofundar as assimetrias existentes entre os dois países do ponto de vista das suas relações de comércio e investimento.

Resumo (inglês)

Since the 2000s, there has been a significant process of internationalization of Chinese companies through Foreign Direct Investment (FDI), a central objective of the Going Global policy developed by the Chinese government. FDI is considered a productive investment made by a company from country A in country B, and may take the form of building new plants or mergers and acquisitions of existing companies. Traditionally, the majority of investments are made by private companies from developed countries, the main theme of International Business literature. However, from the beginning of the 21st century, companies from countries in the Global South advanced in the internationalization process, especially China, demonstrating the limits of the field of International Business to adequately explain this process. Through the Going Global policy, the Chinese state encourages the internationalization of its companies in sectors and regions considered strategic for the country's economic development. In the case of Brazil, the Chinese FDI gained strength with the international financial crisis that started in 2008, being the Latin American country that received the most Chinese capital. Thus, the objective of this dissertation is to analyze the evolution and the main conditioning factors of the Chinese FDI for Brazil, as well as the Brazilian position in China's Going Global policy between 2000 and 2018. The analysis made it possible to verify a trajectory of expansion of the Chinese FDI in the Brazilian economy over the period considered and the importance of sectors linked to commodities and the consumer market for Chinese capital destined for Brazil. It is argued that Brazil has an important strategic position in China's Going Global policy, although this may even deepen the existing asymmetries between the two countries in terms of their trade and investment relations.

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Português

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