Comparação entre a citotoxicidade da clorexidina e do Blue®M quando aplicados a uma linhagem celular de fibroblasto gengival humano (HGF-1) e queratinócitos (NOK-SI): estudo in vitro
Carregando...
Arquivos
Data
Autores
Orientador
Pereira Filho, Valfrido Antonio 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Odontologia - FOAR
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A clorexidina (CHX) tem sido amplamente utilizada como um dos principais agentes
bactericidas. No entanto, a literatura demonstrou o seu potencial citotóxico sobre
fibroblastos, osteoblastos além de interferir na angiogênese. Em contrapartida, o
Blue®M surgiu com o objetivo de favorecer o reparo dos tecidos bucais por meio da
liberação de oxigênio reativo. Este estudo se propõe a avaliar os efeitos citotóxicos da
clorexidina e do Blue®M, em diferentes diluições, sobre fibroblastos e queratinócitos.
As linhagens celulares cultivadas foram o fibroblasto gengival humano (HGF-1) e a de
queratinócitos da mucosa oral (NOK-SI). O teste de dose-efeito (IC50) em fibroblastos
demonstrou que o Blue®M reduziu metade das células viáveis com uma dose 4x
menor do que a CHX (CHX: 173.07 ±10.27; Blue®M: 43.86 ±3.04). O teste de
proliferação celular em 24 e 48h apontou redução de 8 vezes de células HGF-1
tratadas com CHX; e até 18 vezes para o Blue®M enquanto os queratinócitos
mostraram redução significativa somente no período de 48h. Os testes de apoptose e
necrose para HGF-1 revelaram aumento de 25% (p<0,0001) para ambos os
compostos, enquanto para os queratinócitos, taxas de apoptose de 10% (p=0,02) e
15% (p=0,001) para CHX e Blue®M, respectivamente. Por fim, o ensaio de migração
em monocamada, a linhagem HGF-1 tratada com Blue®M apresentou redução
significativa na capacidade de fechamento da camada celular até 24h (p=0,0001). Os
testes corroboraram entre si sobre o potencial citotóxico do Blue®M principalmente
sobre fibroblastos, com menor proliferação e migração, além de aumentar a morte
celular. Já nos queratinócitos, apesar de manterem as taxas de migração, houve uma
redução da proliferação e aumento da morte celular. Apesar das limitações do modelo
in-vitro, os dados questionam o uso do Blue®M como um adjuvante no processo de
reparo tecidual.
Resumo (inglês)
Antiseptic Chlorhexidine (CHX) has been widely used as a prime choice to prevent oral
infections, but its cytotoxic effect on fibroblasts and osteoblasts has been
demonstrated. Conversely, Blue®M has emerged to enhance tissue repair under
reactive oxygen release. This study aimed to evaluate the biological impacts of
Blue®M on fibroblasts and normal oral keratinocytes compared to CHX. Cell culture
using human gingival fibroblast (HGF-1) and normal oral keratinocytes (NOK-SI) were
performed to evaluate cell proliferation, apoptosis, cell cycle, and migration. On the
dose-effect test (IC50), Blue®M reduced the HGF-1 by half with a concentration four
times lower than CHX (CHX: 173.07 ±10.27; Blue®M: ±343.86.04). HGF-1 proliferation
test along 24 and 48 h revealed an eightfold reduction for CHX while for Blue®M the
proliferation rate was eighteen times lower. The apoptosis and necrosis rates
increased by 25% (p<0.0001) for HGF-1 when in contact with both substances. In
NOK-SI, the apoptosis rates increased by 10% (p=0.02) and 15% (p=0.001) for CHX
and Blue®M, respectively. Furthermore, Blue®M showed a substantially lower
capacity for wound closure in the monolayer migration assay. The different tests
demonstrated higher cytotoxicity of Blue®M compared to CHX, especially on
fibroblasts. Despite the limitations of this in vitro study, the data call into question the
beneficial effect of Blue®M on the oral mucosal repair.
Descrição
Palavras-chave
Cicatrização, Regeneração óssea, Clorexidina, Cirurgia bucal, Healing, Bone regeneration, Chlorhexidine, Oral surgery
Idioma
Português