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Análise da associação do comportamento sedentário entre pais e filhos de acordo com a atividade física parental: estudo epidemiológico

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Orientador

Christofaro, Diego Giulliano Destro

Coorientador

Pós-graduação

Ciências do Movimento - FC/FCT/IB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

O tempo de permanência em comportamento sedentário tem crescido em crianças e adolescentes, com o desenvolvimento tecnológico este tipo de comportamento tem se tornado mais frequente, principalmente associado ao tempo de tela, o que pode estar positivamente associado ao menor tempo gasto em atividade física e problemas de saúde. O ambiente familiar pode contribuir para aumento do tempo deste comportamento nos jovens. Entretanto não está claro na literatura se a relação entre o comportamento sedentário de pais e filhos poderia ser diferente considerando-se o nível de atividade física parental. O objetivo desse estudo foi investigar a relação do comportamento sedentário entre pais e filhos de acordo com o nível de atividade física parental. A amostra do estudo foi composta por crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, da cidade de Presidente Prudente-SP. A amostra final foi de 188 filhos, 161 mães e 136 pais (n total= 485). Para avaliar o comportamento sedentário (medida subjetiva) os participantes responderam o questionário Sedentary Behavior Questionnaire(SBQ) . Para medida direta do CS e avaliação da Atividade Física utilizaram o ActiGraph GT3X. As variáveis de confusão consideradas nesse estudo foram o sexo dos filhos, a idade dos filhos, a condição socioeconômica e a atividade física dos filhos. A estatística descritiva foi apresentada em média e desvio-padrão ou mediana e intervalo-interquartil considerando a distribuição da amostra. A relação do comportamento sedentário de pais e filhos foi verificada pela Regressão Quantílica ajustada por sexo dos filhos, idade dos filhos, condição socioeconômica e prática de atividade física dos filhos. A significância estatística utilizada foi de 5% e o intervalo de confiança de 95%. Foi utilizado o SPSS versão 29.0. Como resultados principais observou-se que, no modelo final, o comportamento sedentário dos filhos foi relacionado ao comportamento sedentário das mães, apenas naquelas consideradas inativas fisicamente tanto no comportamento sedentário avaliado de forma objetiva por meio de acelerômetro (β= 0,57; IC95%=0,38; 0,75; P=0,001) quanto subjetiva por meio de questionário (β= 0,30; IC95%=0,07;0,54; P=0,010). Nas mães consideradas fisicamente ativas, não foi observada relação do comportamento sedentário avaliado de forma objetiva (β= 0,42; IC95%= -0,05; 0,90; P=0,081) e subjetiva (β=0,07; IC95%= -0,57;0,71; P=0,822). Quando considerado a relação entre o comportamento sedentário dos filhos e os pais, foram observadas relações significativas nos pais inativos fisicamente que tiveram o comportamento sedentário medido de forma objetiva (β= 0,24; IC95%=0,02;0,45; P=0,031) e subjetiva (β= 0,39; IC95%= 0,04;0,73; P=0,026). Nos pais considerados fisicamente ativos, não foi observada relação entre comportamento sedentário entre pais e filhos quando medido de forma direta (β= 0,21; IC95%= -0,16;0,40; P=0,403), porém quando comportamento sedentário foi medido subjetivamente, foi observada relação entre o comportamento sedentário dos pais e filhos (β= 0,35; IC95%=0,07;0,64; P=0,014). A partir dos resultados observados, é possível inferir que o comportamento sedentário dos filhos esteve relacionado ao das mães consideradas inativas fisicamente, porém não ocorrendo tais relações nas mães fisicamente ativas. Quando considerado os pais, resultados similares foram observados (relação do comportamento sedentário de pais e filhos em pais inativos fisicamente), porém com uma diferença que foram observadas relações entre comportamento sedentário entre pais e filhos quando o comportamento dos pais foi medido de forma subjetiva. Tais resultados mostram a importância do incentivo da prática de atividade física no ambiente familiar para mitigar possíveis relações de sedentarismo parental com os filhos.

Resumo (inglês)

The time spent in sedentary behavior has increased in children and adolescents. With technological development, this type of behavior has become more frequent, mainly associated with screen time, which may be positively associated with less time spent in physical activity and health problems. The family environment may contribute to the increase in the time spent in this behavior in young people. However, it is not clear in the literature whether the relationship between the sedentary behavior of parents and children could be different considering the level of parental physical activity. The objective of this study was to investigate the relationship between sedentary behavior between parents and children according to the level of parental physical activity. The study sample consisted of children and adolescents aged between 6 and 17 years old, from the city of Presidente Prudente-SP. The final sample was 188 children, 161 mothers and 136 fathers (total n = 485). To assess sedentary behavior (subjective measure), participants answered the Sedentary Behavior Questionnaire (SBQ). For direct measurement of SB and assessment of Physical Activity, the ActiGraph GT3X was used. The confounding variables considered in this study were the sex of the children, the age of the children, the socioeconomic status and the physical activity of the children. The descriptive statistics were presented as mean and standard deviation or median and interquartile range considering the distribution of the sample. The relationship between sedentary behavior of parents and children was verified by Quantile Regression adjusted for the sex of the children, age of the children, socioeconomic status and physical activity practice of the children. The statistical significance used was 5% and the confidence interval was 95%. SPSS version 29.0 was used. As main results, it was observed that, in the final model, the sedentary behavior of children was related to the sedentary behavior of mothers, only in those considered physically inactive both in sedentary behavior assessed objectively by means of an accelerometer (β = 0.57; 95% CI = 0.38; 0.75; P = 0.001) and subjectively by means of a questionnaire (β = 0.30; 95% CI = 0.07; 0.54; P = 0.010). In mothers considered physically active, no relationship was observed between sedentary behavior assessed objectively (β = 0.42; 95% CI = -0.05; 0.90; P = 0.081) and subjectively (β = 0.07; 95% CI = -0.57; 0.71; P = 0.822). When considering the relationship between the sedentary behavior of children and parents, significant relationships were observed in physically inactive parents who had their sedentary behavior measured objectively (β= 0.24; 95%CI=0.02;0.45; P=0.031) and subjectively (β= 0.39; 95%CI= 0.04;0.73; P=0.026). In parents considered physically active, no relationship was observed between sedentary behavior between parents and children when measured directly (β= 0.21; 95%CI= -0.16;0.40; P=0.403), however, when sedentary behavior was measured subjectively, a relationship was observed between the sedentary behavior of parents and children (β= 0.35; 95%CI=0.07;0.64; P=0.014). From the results observed, it is possible to infer that the sedentary behavior of children was related to that of mothers considered physically inactive, but that such relationships did not occur in physically active mothers. When considering fathers, similar results were observed (relationship between sedentary behavior of parents and children in physically inactive parents), but with one difference: relationships between sedentary behavior between parents and children were observed when the behavior of parents was measured subjectively. These results show the importance of encouraging physical activity in the family environment to mitigate possible relationships between parental sedentary behavior and children.

Descrição

Palavras-chave

Atividade física, Comportamento sedentário, Pais e filhos, Physical activity, Sedentary behavior, Parents and children

Idioma

Português

Citação

SANTOS, Amanda Barbosa dos. Análise da associação do comportamento sedentário entre pais e filhos de acordo com a atividade física parental: estudo epidemiológico. Orientador: Diego Giulliano Destro Christofaro. 2024. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2024.

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