Uso de índices do fluxo aórtico derivados da ecocardiografia transtorácica para avaliar a resposta ao desafio hídrico em cães anestesiados
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Data
2022-11-18
Orientador
Teixeira Neto, Francisco José
Coorientador
Pós-graduação
Biotecnologia Animal - FMVZ
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Objetivo: avaliar a habilidade das medidas de fluxo aórtico pela ecocardiografia transtorácica para discriminar a resposta a uma prova de carga (PC) em cães anestesiados hígidos. Delineamento experimental: estudo experimental, prospectivo. Animais: Total de 48 cães anestesiados com isoflurano (14,2-35,0 kg) submetidos à cirurgia eletiva. Métodos: A fluido responsividade foi avaliada antes da cirurgia através de uma PC (Ringer lactato 10 mL/kg por via intravenosa durante 5 minutos). Aumentos percentuais no volume sistólico através da termodiluição transpulmonar (VSTDTP) >15% dos valores registrados antes da PC definiram os respondedores a expansão volêmica. Um grupo de 24 animais foi definido como não respondedores (VSTDTP ≤15%). Quando VSTDTP foi > 15% após a primeira PC, outras provas adicionais foram administradas até o VSTDTP ser ≤15%. O status final de fluido responsividade foi baseado na resposta a última PC. Os aumentos percentuais após a PC nos índices de fluxo aórtico [integral de velocidade em função do tempo (VTIPC) e velocidade máxima (VmaxPC)] e na pressão arterial média (PAMPC) foram comparados com VSTDTP. Resultados: Após uma PC, 24 animais foram respondedores. Para os não respondedores, o VSTDTP foi ≤15% após uma, duas e três PCs em oito/24, 15/24 e um/24 animais, respectivamente. A PC que definiu a responsividade aumentou VSTDTP em 29 (18-53)% nos respondedores e em 8 (-3 a 15)% nos não respondedores [média (intervalo)]. A área sob a curva de características de operação do receptor (AUROC) de VTIDH (0,901) foi maior que as AUROCs de VmaxPC (0,774, p = 0,041) e PAMPC (0,519, p < 0,0001). PAMPC não previu a capacidade de resposta (p = 0,826). Os melhores valores de corte para discriminar respondedores, com as respectivas zonas de incerteza diagnóstica (“gray zones”) foram >14,7 (10,8-17,6)% para ∆VTIPC e >8,6 (-0,3 a 14,7)% para ∆VmaxPC. Os animais dentro da “gray zone” foram 17% (∆VTIPC) e 50% (∆VmaxPC). Conclusões e relevância clínica: As alterações no VTI induzidas pela PC podem determinar a responsividade com razoável acurácia em cães e podem desempenhar um papel importante na fluidoterapia guiada por metas.
Resumo (inglês)
Objective: To evaluate the ability of transthoracic echocardiographic aortic flow measurements to discriminate response to a fluid challenge (FC) in healthy anesthetized dogs. Study design: Prospective experimental study. Animals: A total of 48 isoflurane-anesthetized dogs (14.2-35.0 kg) undergoing elective surgery. Methods: Fluid responsiveness was evaluated before surgery by FC (lactated Ringer’s 10 mL/kg intravenously over 5 minutes). Percentage increases in transpulmonary thermodilution stroke volume (∆SVTPTD) >15% from values recorded before FC defined responders to volume expansion. A group of 24 animals were assigned as nonresponders (∆SVTPTD 15%). When ∆SVTPTD was >15% after the first FC, additional FC were administered until ∆SVTPTD was 15%. Final fluid responsiveness status was based on the response to the last FC. Percentage increases after FC in aortic flow indexes [velocity time integral (∆VTIFC) and maximum acceleration (∆VmaxFC)] and in mean arterial pressure (∆MAPFC) were compared with ∆SVTPTD. Results After one FC, 24 animals were responders. For nonresponders, ∆SVTPTD was 15% after one, two and three FCs in eight/24, 15/24 and one/24 animals, respectively. The FC that defined responsiveness increased ∆SVTPTD by 29 (18-53)% in responders and by 8 (-3 to 15)% in nonresponders [mean (range)]. The area under the receiver operating characteristics curve (AUROC) of ∆VTIFC (0.901) was larger than the AUROCs of ∆VmaxFC (0.774, p = 0.041) and ∆MAPFC (0.519, p < 0.0001). ∆MAPFC did not predict responsiveness (p = 0.826). Best cut-off thresholds for discriminating responders, with respective zones of diagnostic uncertainty (gray zones) were >14.7 (10.8-17.6)% for ∆VTIFC and >8.6 (-0.3 to 14.7)% for ∆VmaxFC. Animals within the gray zone were 17% (∆VTIFC) and 50% (∆VmaxFC). Conclusions and clinical relevance Changes in VTI induced by FC can determine responsiveness with reasonable accuracy in dogs and could play an important role in goal-directed fluid therapy.
Descrição
Idioma
Português