"A par dum trabalhador, devemos fazer um pensador": a cultura anarquista paulistana nas práticas artísticas e pedagógicas das Escolas Modernas n. 1 e 2.

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Data

2019-06-27

Orientador

Bredariolli, Rita Luciana Berti

Coorientador

Pós-graduação

Artes - IA

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

No final do século XIX, o anarquismo chegou ao Brasil graças a imigração europeia, estimulada tanto pela crise econômica alguns países do continente, como a Itália, Espanha e Portugal, quanto pelo financiamento a essa imigração por parte do governo brasileiro, sobretudo no Estado de São Paulo. A consolidação do anarquismo no interior da classe operária paulistana – classe social que começou a surgir com a progressiva reconfiguração do capitalismo brasileiro que começou a dar seus primeiros passos à industrialização – fomentou uma cultura própria, desdobrando-se na música, teatro, poesia, literatura e na educação, com a abertura de escolas libertárias. Nossa narrativa contará a história das Escolas Modernas de São Paulo, que funcionaram na década de 1910 nos bairros operários do Brás e Belenzinho. Falar sobre elas teve, basicamente, dois objetivos: primeiro, contribuir para a história do anarquismo, da educação e da arte/educação no Brasil – considerando que há pouca bibliografia sobre elas ou ainda a sua omissão nas narrativas oficiais; segundo, tentar compreender de que maneira a cultura libertária formada na classe trabalhadora em questão se conciliava com o programa curricular das Escolas e se, por consequência, contou com aulas de artes que se contrapunham ao currículo oficial. Esse trabalho só foi possível a partir da consulta e leitura de documentos preservados em alguns acervos, em conjunto ao material bibliográfico existente.

Resumo (francês)

À la fin du XIXème siècle, l’anarchisme est arrivé au Brésil grâce à l’immigration européenne, stimulée à la fois par la crise économique dans certains pays du continent, tels que l’Italie, l’Espagne et le Portugal, et par le financement de cette immigration par le gouvernement brésilien, en particulier dans l’État de São Paulo. La consolidation de l’anarchisme au sein de la classe ouvrière de la ville de São Paulo – une classe sociale qui a commencé à émerger avec la reconfiguration progressive du capitalisme brésilien qui commeçait à faire ses premiers pas vers l’industrialisation – a favorisé la création d’une culture propre, qui s’est étendue à la musique, au théâtre, à la poésie, la littérature et l’éducation, avec l’ouverture des écoles libertaires. Notre récit racontera l’histoire des Écoles Modernes de São Paulo, qui ont fonctionné pendant les années 1910 dans les quartiers ouvriers du Brás et Belenzinho. Parler de ces écoles avait deux objectifs principaux: premièrement, contribuer à l’histoire de l’anarchisme, de l’éducation et de l’art/éducation au Brésil – compte tenu du fait qu’il existe peu de bibliographie à leur sujets ou même leur omission dans les récits officiels; deuxièmement, essayer de comprendre la manière dont la culture libertaire formée dans la classe ouvrière en question s’est réconciliée avec le programme éducationnel des Écoles et si, par conséquent, elle comptait sur des classes d’art que s’opposaient au programme officiel. Ce travail n’a été possible qu’à partir de la consultation et de la lecture de documents conservés dans certains archives, ainsi que du matériel bibliographique existant.

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Idioma

Português

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