Sentimentos das crianças um ano após a pandemia COVID-19: uma análise segundo o Children’s Anxiety Questionnaire
Carregando...
Data
2022-12-12
Autores
Orientador
Garcia, Marla Andrea Garcia de
Almeida, Graziela Maria Ferraz de
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Enfermagem - FMB
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Introdução. A pandemia SARS-CoV-2 (COVID-19) trouxe consigo mudanças a
serem vivenciadas e exigências de isolamento impostas para evitar que o novo vírus
se espalhasse pela comunidade. Os indivíduos, em especial as crianças,
experimentaram algo diferente, por vezes conflitante e altamente estressante,
tornando-os mais vulneráveis a novas emoções como a depressão, estresse e
ansiedade. Objetivo. O objetivo foi avaliar os sentimentos positivos e negativos de
crianças do Estado de São Paulo, um ano após o início da pandemia COVID-19.
Método. Trata-se de dados parciais de um estudo transversal realizado entre os
meses de março e maio de 2021. A coleta de dados foi realizada através de um
questionário on-line na plataforma Google Forms, distribuído pelas redes sociais
(Facebook, Twitter, Instagram) e contatos pessoais dos autores (WhatsApp e email). No presente estudo, utilizou-se escores do Children’s Anxiety Questionnaire
(CAQ) e quatro questões norteadoras: “Conte-nos o que te deixa feliz e contente?”,
“Conte-nos o que te deixa calmo e tranquilo?”, “Conte-nos o que te deixa tenso e
nervoso?”, “Conte-nos o que te deixa preocupado e com medo?”. Participaram da
pesquisa crianças entre 6 e 12 anos e seus pais ou responsáveis. Resultados. Um
total de 581 participantes do estado de São Paulo acessaram o instrumento de coleta
de dados, não havendo recusa na participação. A idade média das crianças foi igual
a 8,90 ± 2,05 anos. Das crianças, 50,3% (n = 292) eram meninas. Pouco foi relatado
sobre aspectos positivos do isolamento. Atividades de lazer como brincar, sair de
casa e andar de bicicleta foram reportadas pelas crianças pôr as deixarem felizes e
contentes. Já os eletrônicos como TV, celular e videogame foram os responsáveis
por deixarem as crianças calmas e tranquilas. Além disso, as crianças relataram que
fatores que as deixam tensas e nervosas eram as atividades escolares como provas,
aulas online e prazos para entrega de atividades. O fator apontado por deixar as
crianças preocupadas e com medo foi o medo de que conhecidos ou ela própria
contraísse COVID-19. Discussão: Esses resultados se assemelham a estudos
realizados em outros países, onde a distração e o meio de comunicação com outras
pessoas também foram através de eletrônicos. Sentimentos de ansiedade e depressão
foram os mais relatados, tendo em vista que em crianças que já possuíam algum tipo
de distúrbio comportamental esses sentimentos eram ainda mais exacerbados.
Ademais a preocupação e ansiedade das crianças condiz muito com a situação
familiar e do modo em que os seus responsáveis lidam com o estresse causado pelo
isolamento. Conclusão. Conclui-se que as emoções de crianças de seis a doze anos
do Estado de São Paulo foram diretamente ligadas com o cenário em que elas se
encontravam e os prejuízos a serem enfrentados por essa população a longo prazo
devem ser monitorados.
Descrição
Idioma
Português