Distribuição de registros ortográficos de crianças com transtorno fonológico

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Data

2024-08-23

Orientador

Chacon, Lourenço

Coorientador

Pós-graduação

Fonoaudiologia - FFC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Este estudo se inscreve no campo fonoaudiológico – na perspectiva linguística. O ponto de partida vem dos achados de Guilherme (2020). Estruturamos duas perguntas de pesquisa: (i) haveria um padrão de distribuição dos registros não convencionais na ortografia de crianças com diagnóstico de transtorno fonológico?; e, (ii) se sim, como se organizariam em termos de gradiência? Para responder a estas perguntas, formulamos duas hipóteses: (i) os registros ortográficos não convencionais mais recorrentes seriam as substituições ortográficas fonológicas; e (ii) eles mostrariam a frequência de registros ortográficos não convencionais em termo de gradiência no que diz respeito à complexidade ortográfica na escrita de crianças com transtorno fonológico, dentro do que se espera para o processo de escrita, em seu plano ortográfico, de crianças tidas como típicas. Em consonância com essas hipóteses, os objetivos da investigação foram: (1) descrever o padrão da distribuição dos registros ortográficos não convencionais na escrita de crianças com transtorno fonológico; e, (2) verificar se a frequência dos registros ortográficos não convencionais na escrita de crianças com transtorno fonológico corresponderia a uma escrita mais próxima ou mais distante do acerto em termos de gradiência. A proposta do presente estudo foi investigar o padrão de distribuição de registros não convencionais na escrita das crianças com transtorno fonológico, bem como observar a gradiência desses registros entre si, já que há inconsistência e escassez no que diz respeito a essa temática na literatura. Foi realizada avaliação com o instrumento PERCEFAL (BERTI, 2017), adaptado para a ortografia, do registro de grafemas que remetiam a fonemas das classes consonantais das fricativas, oclusivas, líquidas e nasais. A análise se baseou em registros ortográficos não convencionais de 10 crianças com “transtorno fonológico” – totalizando 940 dados. Foi realizado o cálculo da Porcentagem dos Grafemas Corretos e a classificação dos erros segundo sua gradiência (CHACON; PEZARINI, 2018). Para análise estatística dos resultados, foram utilizados a ANOVA de Friedman e o Teste de Wilcoxon. Os resultados mostraram ranqueamento da gradiência, sendo as substituições fonológicas dentro de classe e fora de classe, respectivamente, as que apresentaram maior concentração de registros não convencionais, em relação a outros tipos desses registros. Dois planos de organização dessa distribuição detectaram nela uma tensão: aquela entre a menor (a que prevaleceu) e a maior distância dos registros ortográficos não convencionais em relação ao acerto. Concluiu-se que os registros ortográficos não convencionais das crianças analisadas se mostraram semelhantes àqueles, destacados pela literatura, presentes na escrita de crianças sem o diagnóstico de transtorno fonológico. Desse modo, não é a qualidade dos erros, em sua gradiência, que permite traçar uma linha divisória entre a escrita de crianças com e sem esse diagnóstico.

Resumo (inglês)

This study is part of the speech therapy field – from a linguistic perspective. The starting point comes from the findings of Guilherme (2020). We structured two research questions: (i) would there be a pattern of distribution of unconventional registers in the spelling of children with speech sound disorders?; and, (ii) if so, how would they be organized in terms of gradient? To answer these questions we formulate two hypotheses: (i) the most recurrent non-conventional spelling registers will be phonological spelling substitutions; and (ii) frequency of non-conventional spelling records in terms of gradation organization with regard to spelling complexity in the writing of children with speech sound disorders, showing themselves to be within what is expected for the spelling development of “typical” children. In line with these hypotheses, the objectives are the following: (1) describe the distribution pattern of non- conventional orthographic registers in the writing of children with speech sound disorders; and, (2) to verify whether the frequency of gradation of non-conventional spelling registers in the writing of children with speech sound disorders would correspond to writing that is closer to the aim in terms of gradation.. The purpose of the present study is to investigate the distribution pattern of non-conventional registers in the writing of children with “speech sound disorder”, as well as to observe the gradation of non-conventional registers among themselves, as there is inconsistency and scarcity in what concerns this topic. An evaluation was applied out with PERCEFAL (BERTI, 2017) - adapted for spelling, in the consonant classes, fricatives, stops, liquids and nasals to analyze non-conventional spelling records of 10 children with “speech sound disorders” - totaling 940 data. The percentage of correct graphemes was calculated and errors were classified according to gradiency (CHACON; PEZARINI, 2018). For statistical analysis of the results, Friedman's ANOVA and the Wilcoxon test were used. Results shows gradiency ranking, with phonological substitutions within class and outside class, respectively, being those with the highest concentration of non-conventional registers, in comparison to other types of non-conventional registers. Two organizational plans were structured regarding gradients, organizing non- conventional spelling records. It was concluded that the unconventional spelling registers of children with “speech sound disorders” are within the expected gradient, towards orthographic conventionality, confirming our hypotheses.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

GUILHERME, Jhulya. Distribuição de registros ortográficos de crianças com transtorno fonológico. 2024. 84 p. Tese (Doutorado em Fonoaudiologia). Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília, 2024.

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