Luta das mulheres negras sem-teto do MTST: 2017 a 2022

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Data

2023-05-26

Orientador

Pinheiro, Jair

Coorientador

Pós-graduação

Ciências Sociais - FFC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A pesquisa investigou a participação das mulheres negras sem-teto da ocupação Maria da Penha, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O principal objetivo foi analisar o impacto na dinâmica entre classe, raça e gênero em relação à sua organização e à sua principal bandeira de luta, a conquista da moradia. Além disso, analisamos as possíveis alterações no posicionamento político-ideológico do MTST. Na composição social do movimento, identificamos a presença significativa de mulheres negras sem-teto. Nesse sentido, quais seriam as consequências para a organização e o posicionamento político-ideológico do MTST quanto à articulação de classe, raça e gênero no seu projeto político de mudança social? Por quais motivos elas se engajam politicamente? A hipótese é a de que as transformações no mundo do trabalho afetaram o comportamento político e social de “novos” sujeitos-agentes, não oriundos do “chão de fábrica”, mas participantes de movimentos populares urbanos não diretamente procedentes da relação capital x trabalho. Chegamos, então, à tese de que elas representam a possibilidade estrutural da ação coletiva para a transformação social contra o capitalismo, o racismo e o patriarcado, somada à crítica da produção capitalista da cidade pelo MTST. Quanto aos procedimentos metodológicos, lançamos mão de pesquisa bibliográfica sobre as principais questões teóricas que embasam a análise reflexiva, de pesquisa documental dos materiais produzidos e das redes sociais do movimento, para nos aproximar dos processos reais de sua atuação, e da pesquisa de campo por meio da observação participante e de entrevistas.

Resumo (inglês)

This research investigated the action of homeless black women from Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) [Homeless Workers' Movement], at Maria da Penha squatter settlement. The main objective was to analyze the impact on the dynamics of class, race and gender in relation to the Movements’ organization and their main struggle: the demand for housing. Furthermore, we analyze the possible changes in the political-ideological positioning of MTST. In the social composition of the movement, we identified the significant presence of homeless black women. We asked, therefore, what are the consequences for the organization and the political-ideological positioning of the MTST regarding the articulation of class, race and gender in its political project for social change? What are the reasons for black homeless women to engage politically? The hypothesis is that the transformations in the world of work have affected the political and social behavior of "new" subject-agents, not originating from the "factory floor", but participants of urban popular movements not directly derived from the capital vs. labor relationship. We put forward, then, the thesis that they represent a structural possibility of collective action for social transformation against capitalism, racism and patriarchy, which adds to MTST’s critique of the capitalist production of the city. As for the methodological procedures, we resorted to bibliographic research on the main theoretical issues that underpin the reflexive analysis; documentary research of the materials produced and the movement's social networks; and field research, using participant observation and interviews; all this in order to get closer to the real processes of the black women’s actions.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

SOUZA, Taynara Freitas Batista de. Luta das mulheres negras sem-teto do MTST: 2017 a 2022. Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023.

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