Avaliação dos efeitos do nebivolol sobre hipertensão gestacional e a prole por modelo de pré-eclâmpsia em ratas Wistar

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Data

2024-07-10

Orientador

Dias-Junior, Carlos Alan Candido

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Botucatu - IBB - Ciências Biomédicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de mortalidade materna, no entanto, sua fisiopatologia é pouco conhecida e não há intervenções farmacológicas reconhecidas para esta desordem hipertensiva da gestação. Ainda assim, sabe-se que a isquemia placentária gerada pelo mau remodelamento de artérias espiraladas instaura uma placenta disfuncional. Com isso, há a redução da biodisponibilidade do NO e o aumento do estresse oxidativo em decorrência do desacoplamento de eNOS, além da inflamação sistêmica e da disfunção endotelial. Dessa forma, o nebivolol, um fármaco anti-hipertensivo da classe de antagonistas β-adrenérgicos, se mostra como alternativa interessante. Isso porque este fármaco apresenta, também, ação vasodilatadora por aumento da expressão de eNOS e ação antioxidante por sequestro de espécies reativas de oxigênio (ROS). Contudo, há evidências de que os fármacos β bloqueadores apresentam efeitos nocivos sobre a prole quando administrados durante a gestação, o que é ainda mais preocupante quando esta gestação está acompanhada de pré eclâmpsia, já que esta doença já representa riscos para a saúde e vida dos fetos. Logo, utilizamos o modelo animal de Redução de Pressão de Perfusão Uteroplacentária (RUPP) para indução de pré-eclâmpsia em ratas Wistar a fim de estudar a efetividade do nebivolol na sobre a hipertensão e a disfunção endotelial característica da pré-eclâmpsia. Ainda realizamos hemograma das ratas prenhes a fim de entender o efeito do RUPP e do nebivolol sobre a hemodinâmica. Por fim, para analisar possíveis efeitos toxicológicos sobre a prole, realizamos a análise morfológica dos fetos. O tratamento com nebivolol resultou em atenuação do aumento de pressão sistólica nas ratas hipertensas, porém não apresentou uma confirmação de redução da disfunção endotelial e da inflamação. Ademais, o nebivolol teve efeito prejudicial sobre os parâmetros fetais. Portanto, podemos afirmar que o nebivolol não provocou ações benéficas no organismo materno que poderiam justificar o risco de administração desta droga em gestantes.

Resumo (inglês)

Preeclampsia is one of the main causes of maternal mortality; however, its pathophysiology is poorly understood and there are no recognized pharmacological interventions for this hypertensive disorder of pregnancy. Nevertheless, it is known that placental ischemia caused by poor remodeling of spiral arteries establishes a dysfunctional placenta. As a result, there is a reduction in the bioavailability of NO and an increase in oxidative stress due to eNOS uncoupling, in addition to systemic inflammation and endothelial dysfunction. Thus, nebivolol, an antihypertensive drug of the β-adrenergic antagonist class, is an interesting alternative. Since this drug also has a vasodilatory action by increasing the expression of eNOS and antioxidant action by scavenging reactive oxygen species (ROS). However, there is evidence that β-blocker drugs have harmful effects on offspring when administered during pregnancy, which is even more worrying when this pregnancy is accompanied by preeclampsia, since this disease already poses risks to the health and life of the fetuses. Therefore, we used the animal model of Reduction of Uteroplacental Perfusion Pressure (RUPP) to induce preeclampsia in Wistar rats in order to study the effectiveness of nebivolol in overcoming hypertension and the endothelial dysfunction characteristic of preeclampsia. We also performed complete blood counts on the pregnant rats in order to understand the effect of RUPP and nebivolol on hemodynamics. Finally, to analyze possible toxicological effects on the offspring, we performed morphological analysis of the fetuses. Treatment with nebivolol resulted in attenuation of the increase in systolic pressure in hypertensive rats, but did not confirm a reduction in endothelial dysfunction and inflammation. Furthermore, nebivolol had a detrimental effect on fetal parameters. Therefore, we can state that nebivolol did not cause beneficial effects on the maternal organism that could justify the risk of administering this drug to pregnant women.

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Português

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