Na cabeça da mulher negra uma trama em trânsito: que cruza o Atlântico e recria rotas na atualidade
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Data
Autores
Orientador
Castro, Ana Lúcia de 

Coorientador
Pós-graduação
Ciências Sociais - FCLAR
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A pesquisa tem como objetivo entender as implicações do processo de transição capilar para mulheres negras. Qual foi a experiencia das mulheres negras ao experimentar a sua corporeidade de forma positiva? Uma vez que, as suas vivências são marcadas pelas violências raciais? Para um maior entendimento, mobilizamos o aporte teórico oferecido pelo feminismo negro, além de entrevistar quatro mulheres negras com base nos estudos de história oral do sociólogo Michael Pollak (1982). A historiadora Beatriz do Nascimento (1989) nos oferece ferramentas conceituais para pensar a mulher negra desde a sua travessia violenta pelo Atlântico. Também abordamos a primeira Marcha do Orgulho Crespo de São Paulo como um movimento social. Na pesquisa, a transição capilar aparece como um tipo de agenciamento infrapolítico, uma das formas que as mulheres negras encontraram para não serem totalmente submetidas ao discurso do colonizador. Ainda que as opressões sofridas por essas mulheres não se encerrem nesta tensão, a transição capilar evidencia a procura de uma imagem positiva da estética negra, a séculos multifacetada pelas violências coloniais.
Resumo (inglês)
The research aims to understand the implications of the hair transition process for black women. What was the experience of black women in experiencing corporeality in a positive way, since their experiences are marked by racial violence? For a better understanding, we mobilized the theoretical contribution offered by black feminism, in addition to interviewing four black women based on the studies of oral history by sociologist Michael Pollak (1982). Historian Beatriz do Nascimento (1989) offers us conceptual tools to think of black women since their violent crossing across the Atlantic. We also approached the first São Paulo Crespo Pride March as a social movement. In the research, the capillary transition appears as a type of infrapolytic agency, one of the ways in which black women discovered that they were not fully submitted to the colonizer 's discourse. Although the oppression suffered by these women does not end this tension, the capillary transition highlights the search for a positive image of black aesthetics, multifaceted for centuries by colonial violence.
Descrição
Palavras-chave
Transição capilar, Feminismo negro, Relações etnico-raciais, Processos identitários, Diáspora negra, Interseccionalidade
Idioma
Português