O licenciamento ambiental e a recuperação da Mata Atlântica em áreas de preservação permanente de cursos d’água na Baixada Santista
Carregando...
Data
2022-09-12
Autores
Orientador
Freitas, Débora Martins de
Coorientador
Pós-graduação
Biodiversidade de Ambientes Costeiros - IBCLP
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
O presente estudo apresenta informações a respeito de como as ações de recuperação florestal são conduzidas por indústrias e empreendimentos privados em Áreas de Preservação Permanente – APPs de cursos d’água na região da Baixada Santista, litoral do estado de São Paulo. A Baixada Santista apresenta um dos maiores índices de cobertura da Mata Atlântica do estado e está inserida em um dos maiores centros de endemismo desse hotspot. Ao mesmo tempo, está suscetível à expansão urbana devido principalmente ao seu polo industrial e à presença do Porto de Santos, fato que ocasionou a degradação de rios e córrregos por empresas na região. Para o desenvolvimento da pesquisa, processos de licenciamento foram consultados nas agências da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb visando à identificação das APPs de cursos d’água impactadas na Baixada Santista e que foram recuperadas através do plantio de mudas. Dentre os processos, destacam-se autorizações emitidas pela Cetesb para supressão e demais intervenções nas margens dos recursos hídricos, Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental - TCRAs, projetos de recuperação florestal elaborados pelos empreendedores, Autos de Infração Ambiental etc. Através de visitas de campo, as espécies plantadas nas APPs foram identificadas para avaliação da efetividade das ações de recuperação florestal e para a análise das incoerências constantes nos projetos apresentados pelos empreendimentos à Cetesb. Posteriormente, foi avaliado o cumprimento às resoluções vigentes que orientam as ações de recuperação no estado de São Paulo. Buscou-se também avaliar se alguma APP de curso d’água na região deixou de ser recuperada através da conservação ex situ ocasionada pela compensação ambiental. Análises de sensoriamento remoto foram realizadas de modo complementar para identificação da perda de cobertura vegetal na região de estudo ao longo dos anos. Os dados apresentados podem contribuir para a tomada de decisões sobre o procedimento licenciamento ambiental, para ações efetivas de recuperação florestal em áreas de Mata Atlântica e para a recuperação e conservação da biodiversidade desse hotspot.
Resumo (inglês)
This study shows how forest restoration are conducted by private entrepreneurs in riparian areas in the Baixada Santista watershed, on the central coast of the state of São Paulo (southeastern Brazil). This region has one of the highest levels of vegetation cover in the Atlantic Forest and immersed in one of the largest centers of endemism in this hotspot. However, is susceptible to urban and industrial expansion that degradated several rivers and streams. Restored riparian areas in the region were identified through consultation of environmental licensing processes at the environmental agencies and restoration projects were analyzed to identify species planted by landowners in these areas. Consequently, field visits were carried out in riparian areas restored through seedling planting to analyze the floristic composition and the compliance with the legislation that guide forest restoration in the state of São Paulo. The riparian areas not recovered due to environmental compensation were also identified to discuss the possibility of vegetation cover loss as a result of this process. Furthermore, remote sensing was performed to evaluate the vegetation cover loss over the years in the study region. Results should contribute with decision makers to an effective restoration, to licensing procedures in compliance with legislation and to conservation of Atlantic Forest biodiversity.
Descrição
Idioma
Português