Imaginação pedagógica e educação inclusiva: possibilidades para a formação de professores de matemática

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Data

2022-03-29

Orientador

Penteado, Miriam Godoy

Coorientador

Pós-graduação

Educação Matemática - IGCE

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A pesquisa teve por objetivo compreender o que se mostra em um processo de Imaginação Pedagógica, realizado por licenciandos em Matemática, quando imaginavam aulas de Matemática guiados pela perspectiva da Educação Inclusiva. De maneira específica, o olhar esteve voltado para dois pontos: verificar o que se mostrava em termos de possibilidades de ação em sala de aula e para o ensino de Matemática; e o que se mostrava para a formação de professores em inclusão e justiça social. Para a produção dos dados foi proposto um grupo de estudos sobre Educação Matemática e Inclusão para estudantes de um curso de licenciatura em Matemática da cidade de São José dos Campos-SP. Ao todo, 21 licenciandos participaram. Ocorreram 12 encontros, agrupados em duas partes. A Parte 1, voltada a estudos e discussões sobre Educação Inclusiva. Na Parte 2, os participantes foram convidados a imaginar aulas de Matemática em uma perspectiva inclusiva, para classes em que estivessem presentes ao menos um aluno com deficiência. Os encontros foram gravados em áudio e vídeo. A análise dos dados mostrou que as aulas imaginadas apresentavam características dos Cenários para Investigação Inclusivos: aulas acessíveis a todos os estudantes, facilitavam colaborações, incentivavam o diálogo e abriam espaço para investigações. Para os participantes, uma aula de Matemática inclusiva era, acima de tudo, um espaço onde ninguém é excluído, todos os estudantes podem estar juntos, dialogando e se ajudando mutuamente, independentemente de suas especificidades. Aulas de Matemática como espaço para encontro entre diferenças. Para a Imaginação Pedagógica, a Parte 1 se mostrou essencial para fornecer embasamento teórico sobre a perspectiva de Educação Inclusiva segundo a qual as aulas seriam imaginadas. A Imaginação Pedagógica não se resumiu à elaboração de um plano de aulas. Envolveu imaginar a escola, as classes e os alunos com os quais iriam trabalhar, para o que foi essencial o resgate e compartilhamento de vivências pessoais e escolares. A Imaginação Pedagógica coletiva incentivou o compartilhamento de saberes docentes de cada participante. O grupo de estudos possibilitou a constituição de novos saberes docentes, relacionados a aulas de Matemática em uma perspectiva inclusiva. Permitiu a reflexão coletiva sobre situações de desigualdade, exclusão e preconceito. Os participantes buscaram um ensino centrado no aluno, que respeitasse as especificidades e condições de cada um. Desse modo, o processo de Imaginação Pedagógica se aproximou de uma formação de professores para a justiça social. A Imaginação Pedagógica se mostrou como uma possibilidade para a formação de professores por permitir que licenciandos pensem em alternativas para uma situação, no caso desta pesquisa, aulas de Matemática inclusivas. Ela é livre, permite que se vá além do que é dado para explorar possibilidades.

Resumo (inglês)

The research aimed to understand what is shown in a process of Pedagogical Imagination, carried out by prospective mathematics teachers, when they imagined Mathematics classes guided by the perspective of Inclusive Education. Specifically, the focus was on two points: to verify what is shown in terms of possibilities of action in the classroom and for the teaching of Mathematics; and what was shown for teachers education in inclusion and social justice. For the production of data, a study group on Mathematics Education and Inclusion was proposed to prospective mathematics teachers in a institution in the city of São José dos Campos-SP. A total of 21 undergraduates participated. There were 12 meetings, grouped into two parts. The Part 1 focused on studies and discussions on Inclusive Education. In Part 2 participants were invited to imagine mathematics classes in an inclusive perspective, for groups in which at least one student with a disability was present. The meetings were recorded in audio and video. Data analysis showed that the imagined classes had characteristics of Inclusive Research Scenarios: classes accessible to all students, facilitating collaboration, encouraging dialogue and opening space for investigations. For the participants, an inclusive Mathematics class is, above all, a space where no one is excluded, all students can be together, dialoguing and helping each other, regardless of their specificities. Mathematics classes as a space for meetings amongst differences. For Pedagogical Imagination, Part 1 proved to be essential to provide theoretical basis on the Inclusive Education perspective according to which classes would be imagined. The Pedagogical Imagination was not limited to the elaboration of a lesson plan. It involved imagining the school, the classes and the students with whom they would interact, for which the recover and sharing of personal and school experiences was essential. The collective Pedagogical Imagination encouraged the sharing of teaching knowledge of each participant. The study group enabled the constitution of new teaching knowledge, related to Mathematics classes in an inclusive perspective. It allowed collective reflection on situations of inequality, exclusion and prejudice. They sought a student-centered teaching that respected the specificities and conditions of each one. The Pedagogical Imagination process approached teacher education for social justice. The Pedagogical Imagination proved to be a possibility for teacher education by allowing undergraduates to think about alternatives for a situation, in the case of this research, think about inclusive Mathematics classes. It is free, it allows one to go beyond what is given to explore possibilities.

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Idioma

Português

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