As práticas e os saberes médicos no Brasil colonial (1677-1808)
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Data
2012-10-09
Autores
Orientador
França, Jean Marcel Carvalho
Coorientador
Pós-graduação
História - FCHS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A institucionalização do saber médico no Brasil deu-se somente após a chegada da Família Real e de sua Corte, no início do Oitocentos, ao Rio de Janeiro, através, primeiramente, das Escolas de Cirurgia da Bahia e do Rio de Janeiro (1808), e, num segundo momento, das Faculdades de Medicina baiana e carioca (1832). Ainda que a produção e disseminação do estudo sobre as artes de curar realmente ganhem corpo a partir do desembarque, há, nos séculos anteriores à emergência da clínica, diversas formas de pensar e tratar o doente e as doenças, com a presença de distintas personagens que não o médico entre as detentoras da possível cura. A elaboração de explicações para o adoecimento, individual ou coletivo, e para o tratamento dos achaques partia, pois, de diferentes lugares da sociedade. Diante das muitas perspectivas que se dispuseram a pensar a relação entre o são e o doente no período colonial – de onde se destacam os que curavam “pela alma”, como os religiosos cristãos e curandeiros; e os que curavam “pela prática e profissão”, especialmente sangradores, barbeiros, cirurgiões e doutores –, o objetivo maior da presente pesquisa está em pensar como se deu a construção do discurso sobre a doença e a cura que alcançaria a primazia, o discurso médico, e de que modo este elaborou uma ideia própria do que seria a doença, o doente e as formas de curá-lo. A partir do estudo dos compêndios e tratados médicos que circularam na colônia entre a publicação da primeira obra em vernáculo sobre medicina no Brasil, por Simão Pinheiro Morão (1677), e a criação das citadas Escolas de Cirurgia, buscamos compreender o processo de validação deste modo particular de olhar para as patologias
Resumo (inglês)
The institutionalization of medical knowledge in Brazil took place only after the arrival of the Royal Family and his Court at the beginning of the nineteenth century, to Rio de Janeiro, through, first, the Schools of Surgery of Bahia and Rio de Janeiro (1808) and, second, the Faculties of Medicine of Bahia and Rio (1832). Although the production and dissemination of the study on the healing arts actually gain body from their landing, there were different ways of thinking and treating the patients and the diseases in the preceded centuries to the institucionalization of clinic, with the presence of distinct characters in cure’s field. The doctors were not the only ones to observe and describe the illness by that time. The development of explanations for the illness, individual or collective, and for the treatment of ailments departed therefore from different parts of society. Given the many prospects who were willing to think about the relationship between the healthy and the sick in the colonial period – from where we highlight those cured the soul as Christians and religious healers, and those who cured by practice and profession especially bleeders, barbers, surgeons and doctors - the main purpose of this research is to think how was the construction of the discourse about the disease and the cure that would achieve primacy, medical discourse, and how this has developed an idea of their own that would be the disease, the patient and how to cure them. From the study of textbooks and medical treatises that circulated in the colony between the publication of the first book in the vernacular of medicine in Brazil, by Simão Pinehiro Morão (1677), and the creation of the aforementioned schools Surgery, we seek to understand the validation process thus particular to look for pathologies
Descrição
Idioma
Português
Como citar
VIOTTI, Ana Carolina de Carvalho. As práticas e os saberes médicos no Brasil colonial (1677-1808). 2012. 179 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca, 2012.