Petrologia dos granitos associados aos depósitos primários de estanho e metais base da mina Bom Futuro, Rondônia

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Data

2022-06-17

Orientador

Godoy, Antonio Misson
Leite Júnior, Washington Barbosa

Coorientador

Pós-graduação

Geociências e Meio Ambiente - IGCE

Curso de graduação

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A mina Bom Futuro está localizada na Província Estanífera de Rondônia, Brasil, situada na borda sudoeste do Cráton Amazônico. A mina compreende dois morros adjacentes, Bom Futuro (ao sul) e Palanqueta (ao norte), que reúnem as principais áreas de exposição de rochas proterozóicas, e superfícies aplainadas, compostas por coberturas sedimentares mais jovens. No morro Bom Futuro, afloram gnaisses, anfibolitos e xistos do embasamento (> 1,3 Ga), pipes de brecha subvulcânica, diques de sienito/traquito (~ 1000 Ma), diques de topázio riólito pórfiro e topázio granito pórfiro, duas fases de veios de Li-Fe mica topázio pegmatitos (~ 995 Ma) mineralizados em Sn (Zn±Cu±Pb), vênulas tardias de quartzo, fluorita, carbonato e sulfetos de metais base e stockworks de caulinita. O morro Palanqueta expõe cinco unidades ígneas graníticas do maciço de mesmo nome, sendo estas: biotita álcali-feldspato granito equigranular (ca. 1026 Ma) e quatro Li-Fe mica álcali-feldspato granitos com topázio (ca. 1000 Ma), individualizados por aspectos estruturais e/ou texturais em inequigranular, pórfiro I, pórfiro II e miarolítico. Cavidades miarolíticas e/ou greisens sob forma de pipe mineralizados em Sn (W±Cu±Pb±Zn) estão associados a algumas destas fácies com topázio. As feições geológicas, associadas às características petrográficas e geoquímicas de rocha total, indicam que a mina Bom Futuro representa um sistema magmático-hidrotermal altamente dinâmico desenvolvido, em ambiente subvulcânico. As características texturais e mineralógicas das fácies graníticas com topázio são semelhantes aos granitos peraluminosos com metais raros. Os granitoides com topázio do morro Bom Futuro são relativamente mais evoluídos que os do morro da Palanqueta, como indica o trend evolutivo da geoquímica de rocha total e química mineral das micas, enquanto o biotita granito é precoce e menos evoluído. As composições isotópicas de Nd [εNd(t) = + 3,25 a – 3,68] sugerem componentes de fontes crustais e mantélicas para os magmas de origem dos granitos do Bom Futuro. As rochas graníticas da mina Bom Futuro compõem a porção apical de uma cúpula granítica zonada, altamente evoluída, rica em flúor, com grandes quantidades de fluidos exsolvidos, associados a mineralização de Sn. Os limites físicos entre as diferentes fácies graníticas dos morros Bom Futuro e Palanqueta são desconhecidos, mas poderão explicitar o singular desenvolvimento de cúpulas graníticas altamente fracionadas. O potencial metalogenético em subsuperfície é incerto, porém, dada à individualidade do sistema Bom Futuro, é de grande interesse.

Resumo (inglês)

The Bom Futuro mine is in the Rondônia Tin Province, Brazil, located on the southwest border of the Amazon Craton. The mine comprises two adjacent hills, Bom Futuro (south) and Palanqueta (north), which contain the main areas of exposure of Proterozoic rocks, and flat surfaces, composed of younger sedimentary covers. The Bom Futuro hill shows basement gneiss, amphibolite and schist (> 1.3 Ga), subvolcanic breccia pipes, syenite/trachyte dykes (~ 1000 Ma), topaz-bearing rhyolite porphyry and topaz-bearing granite porphyry, two phases of Sn-polymetallic (Zn±Cu±Pb) Li-Fe mica topaz pegmatite veins (~995 Ma), and later veinlets of quartz, fluorite, carbonate, and base metal sulfides and stockworks of kaolinite. The Palanqueta hill exposes five granitic igneous units of the massif of the same name, these being: biotite alkali-feldspar equigranular granite (ca. 1026 Ma) and four Li-Fe mica alkali-feldspar granites with topaz (ca. 1000 Ma), individualized by its structural and/or textural aspects in inequigranular, porphyry I, porphyry II and miarolitic. Miarolitic cavities and/or pipe-like Sn-polymetallic (W±Cu±Pb±Zn) greisen bodies are associated with some of the topaz-bearing facies. The geological features, along with petrography and whole rock geochemistry characteristics, indicate that the Bom Futuro mine represents a highly dynamic magmatic-hydrothermal system developed in a subvolcanic environment. The textural and mineralogical characteristics of the topaz-bearing granitic facies are similar to the peraluminous rare metal granites. The topaz-bearing granitic rocks of Bom Futuro hill are relatively more evolved than those of palanqueta hill, as indicated by the evolutionary trend of whole rock geochemistry and mineral chemistry of micas, while the early biotite granite is less evolved. The Nd isotopic compositions [εNd(t) = + 3.25 to – 3.68] suggest crustal and mantle sources for the parent magmas of the Bom Future granites. The granitic rocks of the Bom Futuro mine composes the apical part of a highly evolved, fluoride-rich, zoned granite cupola, with large amounts of exsolved fluids associated with Sn mineralization. The physical boundaries between the different granitic facies of the Bom Futuro and Palanqueta hills are unknown but may explain the unique development of highly fractionated granite cupola. The metallogenetic potential in subsurface is uncertain, however, given the individuality of the Bom Futuro system, it is of great interest.

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Português

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