O processo de transformação nas orientações da política externa dos Estados Unidos da América e de Cuba durante os governos de Barack Obama e de Raúl Castro

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Data

2022-08-22

Orientador

Pecequilo, Cristina Soreanu

Coorientador

Pós-graduação

Relações Internacionais (UNESP - UNICAMP - PUC-SP) - IPPRI

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Em 2014, o presidente cubano, Raúl Castro, e o líder estadunidense, Barack Obama, anunciaram oficialmente que dariam início ao processo de restabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba, após anos de isolamento ocorrido diante do contexto da Guerra Fria (1947/1989). O rompimento bilateral em 1961, o embargo econômico e medidas posteriores de estrangulamento, são impulsionados pelos acontecimentos da Revolução Cubana (1959), quando a ilha rompeu os tradicionais laços históricos com os estadunidenses e instalou, com Fidel Castro, um regime socialista apoiado pela então União Soviética. Mesmo com o fim da Guerra Fria em 1989, o restabelecimento dos laços diplomáticos só iniciou oficialmente em 2014 (ainda que sem mudar plenamente a estrutura das relações bilaterais, vide a manutenção do embargo econômico). Portanto, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as mudanças na orientação da política externa dos Estados Unidos e de Cuba, a partir do governo desses dois líderes de Estado, que levaram à reaproximação bilateral, com mudanças discursivas e a implementação de acordos de cooperação. Para isso, os objetivos específicos envolvem a identificação das fontes políticas, econômicas, sociais – do plano doméstico e internacional – e dos traços cognitivos desses dois líderes, que contribuíram para levar a essas alterações, assim como a identificação dos elementos estabilizadores da antiga política. Ademais, busca-se observar o nível e o escopo dessas mudanças nas políticas externas. É empregado um modelo analítico que conjuga, de forma adaptada, ideias presentes nas dinâmicas causais apresentadas por autores que fazem parte da literatura da Mudança da Política Externa, subcampo da Análise de Política Externa. Para tanto, é realizado um trabalho qualitativo com fontes secundárias para tratar das variáveis independentes (fatores políticos, econômicos, sociais e cognitivos) e das intervenientes restritivas (estabilizadores). Quanto a variável dependente (a mudança da política externa), para verificar em qual nível se enquadra o tema e quais escopos são envolvidos, é realizado um trabalho qualitativo e quantitativo com pronunciamentos oficiais, assim como são observadas as medidas que de fato foram implementadas. Para viabilizar o trabalho com os discursos, é empregado o software Voyant-Tools.

Resumo (inglês)

In 2014, the cuban president, Raúl Castro, and the american leader, Barack Obama, officially announced that they would begin the process of re-establishing diplomatic relations between the United States and Cuba, after years of isolation due to the context of the Cold War (1947/1989). The bilateral break that took place in 1961, the economic embargo and subsequent strangulation measures, are related to the events of the Cuban Revolution (1959), when the island broke traditional historical ties with the Americans and installed, with Fidel Castro, a socialist regime supported by the Soviet Union. Even with the end of the Cold War in 1989, the re-establishment of diplomatic ties only officially began in 2014 (although without changing completely the structure of bilateral relations, due to the maintenance of the economic embargo). Therefore, the broad objective of this research is to analyze the changes in the foreign policy orientation of the United States and Cuba that took place during the government of these State leaders, which led to the bilateral rapprochement, discursive changes, and the implementation of cooperation agreements. The specific objectives involve the identification of the political, economic, social sources – domestic and international – and the cognitive traits of these two leaders that contributed to lead to these changes, as well as the identification of the stabilizing elements of the former policy. Furthermore, it seeks to observe the level and scope of these changes in foreign policy. The analytical model employed combines, in an adapted way, ideas present in the causal dynamics presented by authors who are part of the Foreign Policy Change literature, a subfield of Foreign Policy Analysis. To this end, a qualitative work is carried out with secondary sources to address the independent variables (political, economic, social, and cognitive factors) and the restrictive intervening factors (stabilizers). As for the dependent variable (the change in foreign policy), in order to verify in which level this theme fits and which scopes are involved, a qualitative and quantitative work is carried out with official pronouncements, as well as the measures that were actually implemented are observed. To make the work with the speeches possible, the software Voyant-Tools is used.

Resumo (espanhol)

En 2014, el presidente cubano, Raúl Castro, y el líder americano, Barack Obama, anunciaron oficialmente que empezarían el proceso de restablecimiento de relaciones diplomáticas entre Estados Unidos y Cuba, después de años de aislamiento vinculado al contexto de la Guerra Fría (1947/1989). La ruptura bilateral en 1961, el embargo económico y las posteriores medidas de estrangulamiento, tienen relación con los acontecimientos de la Revolución Cubana (1959), cuando la isla rompió los tradicionales lazos históricos con los norteamericanos e instaló, con Fidel Castro, un régimen socialista, apoyado por la Unión Soviética. Mismo con el final de la Guerra Fría en 1989, el restablecimiento diplomático comenzó oficialmente solamente en 2014 (aunque sin cambiar por completo la estructura de las relaciones bilaterales, debido al mantenimiento del embargo económico). Por lo tanto, el objetivo amplio de esta investigación es analizar los cambios en la orientación de la política exterior de Estados Unidos y de Cuba ocurridos durante el gobierno de estos mandatarios, que condujeron al acercamiento bilateral, a cambios discursivos y a la implementación de acuerdos de cooperación. Los objetivos específicos involucran la identificación de las fuentes políticas, económicas, sociales – nacionales e internacionales – y los rasgos cognitivos de estos dos líderes que contribuyeron a conducir a estos cambios, así como la identificación de los elementos estabilizadores de la política anterior. Además, se busca observar el nivel y alcance de estos cambios en la política exterior. El modelo analítico empleado combina, de forma adaptada, ideas presentes en las dinámicas causales presentadas por autores integrantes de la literatura de Cambios de Política Exterior, un subcampo del Análisis de Política Exterior. Por lo tanto, se realiza un trabajo cualitativo con fuentes secundarias para abordar las variables independientes (factores políticos, económicos, sociales y cognitivos) y los factores intervinientes restrictivos (estabilizadores). Con relación a la variable dependiente (el cambio de política exterior), para verificar en qué nivel se encuadra este tema y cuales son su escopo, se realiza un trabajo cualitativo y cuantitativo con los pronunciamientos oficiales, así como son observadas las medidas que efectivamente fueron implementadas. Para habilitar el trabajo con los discursos, se utiliza el software Voyant-Tools.

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Português

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