Triagem de Doença de Fabry (DF) através de estudo imuno-histoquímico para globotriaosilceramida (Gb3) em pacientes com lesões de esclerose glomerular segmentar e focal e imunofluorescência negativa para depósitos em biópsias renais por agulha grossa

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Data

2022-10-07

Orientador

Domingues, Maria Aparecida Custodio
Viero, Rosa Marlene

Coorientador

Pós-graduação

Patologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Contexto: A doença de Fabry (DF) é um distúrbio de armazenamento lisossomal ligado a X, causado pela atividade deficiente da enzima α-galactosidase A, resultando no acúmulo de glicoesfingolipídios, particularmente a globotriaosilceramida (Gb3) e globotriaosilesfingosina (liso-Gb3). Esses lipídios se acumulam progressivamente na circulação e em praticamente todas as células e órgãos, resultando no desenvolvimento de uma desordem multissistêmica. Esses pacientes estão sob alto risco de desenvolver síndrome nefrótica devido à deposição glomerular de Gb3, especialmente envolvendo os podócitos, podendo resultar em lesões glomerulares de esclerose segmentar e focal, mesmo em estágios iniciais da doença, elencando a Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) como um importante diagnóstico diferencial. O objetivo do estudo é pesquisar depósitos de Gb3 por imunoistoquímica em biópsias renais de pacientes com lesões glomerulares de esclerose. Método: Realizada pesquisa de Gb3 por imunoistoquímica em 27 biópsias renais analisadas no Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, no período de 2015-2019, com diagnóstico de GESF. Resultados: Não foram detectados depósitos de Gb3 por meio da imunoistoquímica nas vinte e sete biópsias renais analisadas. Conclusão: A DF compromete o parênquima renal manifestando-se principalmente por síndrome nefrótica, podendo evoluir para doença renal crônica necessitando de terapia renal substitutiva. Novos estudos de triagem da DF devem ser incentivados em casos subclínicos, especialmente em pacientes com biópsias renais com lesões crônicas de etiologia pouco definida e pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico.

Resumo (inglês)

Background: Fabry disease (FD) is an X-linked lysosomal storage disorder caused by deficient activity of α-galactosidase A resulting in accumulation of glycosphingolipids, particularly globotriaosylceramide (Gb3) and globotriaosylsphingosine (lyso-Gb3). These lipids progressively accumulate in the circulation and in virtually all cells and organs, resulting in the development of a multisystemic disorder. Those patients are at high risk of developing nephrotic syndrome due to glomeruli Gb3 deposition, especially envolving podocytes, which insult might result in focal and segmental glomerular sclerotic lesions even in early stages of the disease, leading Focal and Segmental Glomeruloesclerosis (FSGS) as an important differential diagnosis. Methods: Immunohistochemistry for Gb3 was performed in 27 kidney biopsies from 2015 to 2019 of patients with FSGS from the Department of Pathology of the Botucatu Medical School. Results: No Gb3 deposits were detected by immunohistochemistry in the twenty-seven renal biopsies analyzed. Conclusion: FD compromises the renal parenchyma, manifesting itself mainly by nephrotic syndrome, and may progress to chronic kidney disease requiring renal replacement therapy. Further FD screening studies should be encouraged in subclinical cases, especially in patients with renal biopsies with chronic lesions of undefined etiology and patients with chronic kidney disease undergoing dialysis.

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Idioma

Português

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