“Um problema histórico-geográfico”: emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. (1894-1954)
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Data
2021-03-01
Autores
Orientador
Araújo, Karina Anhezini
Coorientador
Pós-graduação
História - FCHS
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
A presente pesquisa busca problematizar como a geografia foi definida no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) entre o fim do século XIX e primeira metade do século XX. Para além de questionar o protagonismo ou não deste saber neste espaço institucional, buscamos questionar como o saber geográfico foi operado e instrumentalizado no projeto histórico-geográfico do Instituto exemplificado pela frase expressa no número inaugural de sua revista: “A história de S. Paulo é a própria história do Brasil” (RIHGSP, 1985). Esta definição indicava que os discursos e práticas discursivas construídos nesta instituição buscaram produzir uma história de São Paulo que sobrepusesse uma história da nação brasileira a partir de fatos e personagens locais, ou uma retórica bandeirante (ANHEZINI, no prelo). Ao nos dedicarmos aos estudos produzidos acerca das bandeiras, principal tema desta produção, percebemos a importância da geografia para prover uma representação do espaço para esta versão da história. Expusemos ainda, como os saberes história e geografia se imbricavam nos trabalhos dos sócios do IHGSP para a definição deste duplo histórico-geográfico como um projeto institucional. Comparamos essa produção, realizada no Instituto por letrados autodidatas, jornalistas, engenheiros, com a produção geográfica dos professores e discentes do Curso de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo, USP, fundada em 1934, e buscamos reforçar como a geografia produzida no IHGSP não era menos moderna ou “velha”, somente funcionava a partir de outros procedimentos, métodos, objetivos. Uma geografia para e das bandeiras.
Resumo (inglês)
This research aims to discuss how geography was defined at the Historical and Geographical Institute of São Paulo (IHGSP) between the late 19th century and the first half of 20th century. Beyond questioning this knowledge's protagonism in that institutional space, we seek to examine how geographic knowledge was operated and instrumentalized in the Institute's historical-geographical project, as exemplified by the statement expressed in its journal's inaugural issue: “The history of S. Paulo is the history of Brazil itself” (RIHGSP, 1985). This definition indicated that the discourses and discursive practices built in this institution sought to produce a history of São Paulo that could overlap a history of the Brazilian nation based on local facts and characters, or a bandeirante (explorer) rhetoric (ANHEZINI, in press). As we concentrate on the studies produced about the bandeiras (expeditions towards Brazilian inner country), the main theme of this production, we realize the importance of geography to provide a representation of space for that version of history. We also expose how history and geography were intertwined in the works of the IHGSP's associates for the definition of this historical-geographic duplet as an institutional project. We compare that production, carried out at the Institute by self-taught writers, journalists, and engineers, with the geographical production by professors and students from the History and Geography course at the Faculty of Philosophy, Sciences and Languages, at the University of São Paulo, USP, founded in 1934. Finally, we try to emphasize how the geography produced at IHGSP was no less modern or "old", it only operated through other procedures, methods, and objectives: a geography for and of the bandeiras.
Resumo (espanhol)
La presente investigación busca problematizar cómo se definió la geografía en el Instituto Histórico y Geográfico de São Paulo (IHGSP) entre fines del siglo XIX y la primera mitad del XX. Además de cuestionar el papel de este conocimiento en este espacio institucional, buscamos cuestionar cómo el conocimiento geográfico fue operado e instrumentalizado en el proyecto histórico-geográfico del Instituto ejemplificado por la frase expresada en el número inaugural de su revista: “La historia de S. Paulo es la propia historia de Brasil” (RIHGSP, 1985). Esta definición indicaba que los discursos y prácticas discursivas construidas en esta institución buscaban producir una historia de São Paulo que se superpusiera a una historia de la nación brasileña a partir de hechos y personajes locales, o una retórica de las banderas (ANHEZINI, en prensa). Cuando nos dedicamos a los estudios realizados sobre las banderas, tema principal de esta producción, nos damos cuenta de la importancia de la geografía para brindar una representación del espacio a esta versión de la historia. También presentamos cómo los conocimientos de historia y geografía se relacionan en los trabajos de los socios del IHGSP para definir este doble histórico-geográfico como un proyecto institucional. Comparamos esta producción, realizada en el Instituto por académicos autodidactas, periodistas e ingenieros, con la producción geográfica de profesores y estudiantes del Curso de Historia y Geografía de la Facultad de Filosofía, Ciencias y Letras de la Universidad de São Paulo, USP, fundada en 1934, y buscamos reforzar cómo la geografía producida en el IHGSP no era menos moderna ni “antigua”, solo funcionaba desde otros procedimientos, métodos y objetivos. Una geografía para y de las banderas.
Descrição
Palavras-chave
História da historiografia, História de São Paulo, Institutos Históricos e Geográficos, Saber geográfico, History of historiography, History of São Paulo, Historical and geographical Institutes, Geographical knowledge, Historia de la historiografía, Historia de São Paulo, Institutos Históricos y Geográficos, Conocimiento geográfico
Idioma
Português