Memória em processos cognitivos: percepção e organização da estrutura musical no repertório do século XXI

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2024-03-13

Orientador

Mesquita, Marcos José Cruz

Coorientador

Pós-graduação

Música - IA 33004013066P3

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Durante o ato de escuta de uma música, os processos cognitivos ligados à memória são estimulados de diversas maneiras, com o ouvinte podendo atribuir significados e contextos específicos às informações sonoras recebidas. Em um escuta analítica, a atribuição de rótulos que visavam a uma segmentação das partes que compõem uma música foi, por muito tempo, uma ferramenta amplamente utilizada por músicos e teóricos, especialmente durante o período da denominada prática comum da música tonal ocidental. No entanto, em diversas tendências composicionais pós-Segunda Guerra Mundial, as problemáticas cognitivas da estrutura musical foram evidenciadas a partir de novas formas de relacionamento com a memória veiculadas pelas obras musicais pós-tonais, na qual vários paradigmas da música tradicional de concerto foram diluídos ou abandonados, suscitando novas abordagens analíticas perante o fenômeno sonoro. Dentre as propostas de análise musical surgidas no final do século passado, o modelo denominado cue abstraction, proposto por Deliège e Deliège e Mélen em escritos desde o final dos anos 1980, parece favorecer uma escuta que considera a percepção de mudanças no tecido sonoro como principal balizadora dos pontos estruturais de uma composição. Assim, esta pesquisa propõe uma abstração teórica ao aplicar este conceito segundo os resultados obtidos pelos autores nos artigos selecionados à um repertório do século XXI que apresenta preceitos técnicos e estéticos diversos, a fim de especular quais tipos de saliências musicais podem ser extraídas em uma escuta, observar suas suas características e comportamentos, e procurar entender como elas se relacionam com os diversos tipos de memória.

Resumo (inglês)

During the act of listening to music, cognitive processes linked to memory are stimulated in different ways, with the listener being able to attribute specific meanings and contexts to the received sound information. In analytical listening, the attribution of labels aimed at segmenting the parts that make up a song was, for a long time, a tool widely used by musicians and theorists, especially during the period of the so-called common practice of Western tonal music. However, in several post-World War II compositions, the cognitive problems of musical structure were highlighted through new forms of relationship with memory conveyed by post-tonal musical works, in which several paradigms of traditional concert music were diluted. or abandoned, leading to new analytical approaches to the sound phenomenon. Among the proposals for musical analysis that emerged at the end of the last century, the cue abstraction model, proposed by Deliège and Deliège and Mélen in writings since the end of the 1980s, seems to aid listening that considers the perception of changes in the sound environment as the main marker of the structural points of a composition. Thus, this research proposes a theoretical insight by applying the cue abstraction concept according to the results obtained by the authors in the articles selected from a 21st century repertoire that presents different technical and aesthetic precepts, in order to speculate which types of musical cues can be extracted in a listening session, to observe their characteristics and behaviors, and to speculate how they relate to the different types of memory.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

SILVA, Ricardo Tanganelli da. Memória em processos cognitivos: percepção e organização da estrutura musical no repertório do século XXI . 2024. Tese (Doutorado em Música), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Artes, São Paulo, 2024.

Itens relacionados