LED violeta e plasma de argônio no clareamento dentinário: efeito na alteração cromática, resistência adesiva, variação de temperatura e características superficiais

Abstract

Este estudo avaliou in vitro o uso do LED violeta e do plasma de argônio associado ou não ao oxigênio no clareamento do tecido dentinário na eficácia clareadora, variação da temperatura, análise da molhabilidade, energia superficial, energia total de interação livre e resistência adesiva. Para tanto, 100 discos de dentina bovina com 2mm de espessura foram selecionados e alocados em 5 grupos (n=20): C - controle; PLA - plasma de argônio; PLAO- plasma de argônio + oxigênio 3%; LED- LED violeta; PH- peróxido de hidrogênio 35%. Na primeira aplicação (n=20), foi analisada a variação de temperatura. Após 24 horas, avaliou-se a alteração cromática (ΔE00) e índice de clareamento (ΔWID) em espectofôtometro. Em seguida, os espécimes foram repolidos e 25 amostras (n=5) selecionadas e submetidas aos respectivos tratamentos e destinadas aos testes de ângulo de contato (º), energia superficial (s) e a energia total de interação livre (ΔG) medidas por goniômetro. Os 75 espécimes restantes (n=15) foram também repolidos e submetidos aos tratamentos e imediatamente restaurados para o estudo da resistência adesiva. De cada espécime, foram obtidos quatro palitos, sendo dois para ao teste de microtração imediato e dois após a termociclagem (10.000 ciclos). Os dados de resistência adesiva foram submetidos a ANOVA 2-way RM e as demais variáveis ao teste ANOVA 1-way com pós teste de Tukey em todos (p<0,05). Os resultados mostraram que PLA e PLAO apresentaram eficácia clareadora semelhante ao grupo PH, que por sua vez apresentou os menores valores de resistência adesiva (p<0,05). LED foi o único que apresentou aumento de temperatura (p<0,05). PLAO apresentou menores valores para o ângulo de contato e os maiores para ΔG.PLA e PLAO apresentaram valores de resistência adesiva menores apenas que C. Concluiu-se que, os tratamentos com plasma foram mais eficazes no clareamento dentinário, entretanto, nenhuma das terapias avaliadas conseguiu evitar o prejuízo na resistência adesiva.

This study evaluated in vitro the use of violet LED and argon plasma associated or not with oxygen in the bleaching of dentin tissue in bleaching efficacy, temperature variation, wettability analysis, surface energy, total free interaction energy and adhesive strength. For this purpose, 100 bovine dentin disks with a thickness of 2mm were selected and allocated to 5 groups (n=20): C - control; PLA - argon plasma; PLAO- argon plasma + oxygen 3%; LED- violet LED; PH- hydrogen peroxide 35%. In the first application (n=20), the temperature variation was analyzed. After 24 hours, the chromatic change (ΔE00) and whitening index (ΔWID) were evaluated using a spectrophotometer. The specimens were then repolished and 25 samples (n=5) were selected and submitted to the respective treatments and used for the contact angle (º), surface energy (s) and total free interaction energy (ΔG) tests measured by a goniometer. The other 75 specimens (n=15) were also repolished and subjected to the treatments and immediately restored for the adhesive strength study. Four specimens were obtained from each specimen, two for the immediate microtensile test and two after thermocycling (10,000 cycles). The adhesive strength data was subjected to 2-way RM ANOVA and the other variables to 1-way ANOVA with Tukey's post-test on all (p<0.05). The results showed that PLA and PLAO had similar whitening efficacy to the PH group, which in turn had the lowest adhesive strength values (p<0.05). LED was the only group to show an increase in temperature (p<0.05). PLAO showed the lowest values for contact angle and the highest for ΔG.PLA and PLAO showed lower adhesive strength values only than C. It was concluded that plasma treatments were more effective in whitening dentin, however, none of the therapies evaluated managed to prevent the loss of adhesive strength.