Capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde para Promoção de Atividade Física: um estudo baseado na teoria da autodeterminação

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Data

2024-04-09

Orientador

Kokubun, Eduardo

Coorientador

Guerra, Paulo Henrique

Pós-graduação

Ciências da Motricidade - IBRC

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

Mesmo que a prática regular de atividade física esteja associada a benefícios multidimensionais às pessoas, sua introdução e manutenção costumam não ser simples. Estratégias que visem o incentivo à permanência de forma autônoma e não controlada, como ações e aconselhamentos pelo prazer, diversão e bem-estar psicológico podem favorecer a continuidade da prática de atividade física. O presente projeto teve como objetivo geral desenvolver e analisar a viabilidade, bem como os efeitos, de uma capacitação educativa de promoção da atividade física, fundamentada na teoria da autodeterminação (TAD) e direcionada às equipes profissionais da Estratégia Saúde da Família da Atenção Primária à Saúde (APS-SUS), de uma cidade de médio porte brasileira. Para atingir ao objetivo proposto foi aplicada uma intervenção de capacitação sobre atividade física a equipes profissionais de três Unidades Básicas de Saúde (UBS), da APS-SUS, pelo período total de três meses, ocorrendo um encontro por mês, com duração média de 4h30, de modo que, ao terminar a intervenção em uma UBS, o capacitador seguia imediatamente à próxima. As equipes de profissionais da saúde foram selecionadas por conveniência e avaliadas pelo período máximo de 6 meses, já os usuários dos serviços de saúde foram randomizados e avaliados por 1 ano e 3 meses. As variáveis avaliadas foram: (a) sociodemográficas e indicadores de saúde, (b) estágio de prontidão para mudança de comportamento, (c) nível de atividade física, (d) motivações para a prática de atividade física, (e) necessidades psicológicas básicas e (f) percepção de apoio à autonomia. Os dados quantitativos foram apresentados por frequência, percentual, média, desvio padrão e analisados por testes inferenciais de qui-quadrado e anova pelo SPSS. Os dados qualitativos foram analisados pela leitura e releitura da transcrição do grupo focal e estabelecidas categorias a partir do conteúdo disponível. As atividades de preparação da capacitação e os seus resultados foram descritos em três artigos, divididos pelos capítulos a seguir. No capítulo 3, os resultados sobre a revisão de escopo demonstraram que não houve estudos de capacitação na América Latina que tenham utilizado a TAD para a sua produção e que poucos estudos avaliaram os efeitos nos usuários dos serviços de saúde à longo prazo. Além disso, as intervenções foram focadas no direcionado do aconselhamento pelos profissionais de saúde aos usuários em condições especiais de saúde (gestantes e pessoas diabéticas, por exemplo), diferentemente da presente proposta. Já no capítulo 4, foram apresentadas as percepções dos profissionais após o treinamento para promoção de atividade física e identificou-se que a capacitação atendeu minimamente os pressupostos da TAD, nas distintas UBS de intervenção. No capítulo 5, foram analisados os efeitos da capacitação, no qual, observou-se melhora da motivação autônoma dos profissionais de saúde após a capacitação, mas não é possível inferir que a intervenção tenha influenciado no comportamento dos usuários dos serviços de saúde. Por fim, a partir dos resultados encontrados, é possível recomendar a presente capacitação de promoção sobre atividade física para equipes de profissionais da saúde da APS.

Resumo (inglês)

Even though regular physical activity is associated with multidimensional benefits for people, its introduction and maintenance are usually not simple. Strategies that aim to encourage people to remain autonomous and uncontrolled, such as actions and advice for pleasure, fun and psychological well-being can encourage the continuation of physical activity. The general objective of this project was to develop and analyze the feasibility, as well as the effects, of an educational training to promote physical activity, based on the theory of self-determination (STA) and aimed at professional teams of the Family Health Strategy of Primary Care Health (PHC-SUS), from a medium-sized Brazilian city. To achieve the proposed objective, a training intervention on physical activity was applied to professional teams from three Basic Health Units (BHU), of PHC-SUS, for a total period of three months, taking place one meeting per month, with an average duration of 4h30, so that, upon finishing the intervention at one BHU, the trainer immediately went to the next one. The teams of health professionals were selected for convenience and evaluated for a maximum period of 6 months, while health service users were randomized and evaluated for 1 year and 3 months. The variables evaluated were: (a) sociodemographic and health indicators, (b) stage of readiness to change behavior, (c) level of physical activity, (d) motivations for practicing activity physical, (e) basic psychological needs and (f) perception of autonomy support. Quantitative data were presented by frequency, percentage, mean, standard deviation and analyzed using inferential chi-square and anova tests using SPSS. Qualitative data were analyzed by reading and re-reading the focus group transcript and categories were established based on the available content. The training preparation activities and their results were described in three articles, divided into the following chapters. In chapter 3, the results of the scoping review demonstrated that there were no training studies in Latin America that used TAD for their production and that few studies evaluated the effects on users of health services in the long term. Furthermore, the interventions were focused on directing counseling by health professionals to users with special health conditions (pregnant women and diabetic people, for example), unlike the present proposal. In chapter 4, the professionals' perceptions were presented after training to promote physical activity and it was identified that the training minimally met the STA assumptions, in the different intervention BHU. In chapter 5, the effects of training were analyzed, in which an improvement in the autonomous motivation of health professionals after training was identified, but it is not possible to infer that the intervention has influenced the behavior of users of health services. Finally, based on the results found, it is possible to recommend this training to promote physical activity for teams of PHC health professionals.

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Português

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